Após inverno de criptomoedas, o Bitcoin obteve sua maior alta em nove meses. O crescimento teve um início moderado em junho de 2022, devido projeção de que bancos do mundo todo iriam reduzir a escalada nas taxas de juros.
Contudo, a moeda digital disparou na última semana, com salto de 40%. O movimento é resultado da crise no sistema bancário, que levou ao fechamento dos bancos Signature Bank e Silicon Valley Bank (SVB) — o “banco das startups” —, nos EUA, além do resgate fiscal do Credit Suisse, um dos maiores grupos suíços.
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Queda de credibilidade do sistema bancário
Com a falência do Singnature e SVB, a insegurança em relação ao sistema bancário cresceu. Na última quarta-feira (15), as ações do Credit Suisse (CS) despencaram 20%, após apresentação de resultados ruins para o trimestre anterior, sem qualquer indício de apoio do Saudi National Bank, seu principal acionista.
Sua falência poderia resultar em uma quebra em cascata em bancos europeus. Com o apoio do Banco Central da Suíça, o, também suíço, Grupo UBS comprou o CS por US$ 3,2 bilhões, além de assumir compromisso de até U$ 5,4 bilhões em perdas para honrar credores.
Credit Suisse Group announces it has entered into a merger agreement with UBS. All details available here: https://t.co/IkG4X3wze5 pic.twitter.com/3Obz6zpxSC
— Credit Suisse (@CreditSuisse) March 19, 2023
A questão em torno dessa instabilidade, é que, entre outras atividades, o sistema bancário opera negociando dívidas e projeções de crescimento. Sendo assim, não existe liquidez para honrar saques, caso todos os clientes decidam resgatar seus saldos e investimentos.
Segundo o analista de mercado Tony Sycamore, a atual instabilidade dos bancos associada à redução nas taxas de juros afeta a credibilidade do sistema. Dependendo dos resultados do segundo semestre de 2023, Sycamore prevê uma alta ainda maior para o valor das Bitcoins, podendo superar US$ 32 mil.
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