Sob ameaça de banir a rede social, os Estados Unidos retomam pressão para que a ByteDance venda o TikTok a acionistas internacionais. O receio é de que o aplicativo detém dados sensíveis de muitos usuários, inclusive de biometria, e teme que eles sejam vazados ao governo chinês.
Lançado em 2016, o TikTok alcançou em apenas quatro anos a marca de 2 bilhões de usuários no mundo todo, tornando-se a terceira marca que mais cresceu em 2020. As primeiras ameças de banir o app ocorreram neste mesmo ano, por se tratar de uma rede desenvolvida e gerida por uma empresa chinesa.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Ameaça a segurança nacional
A solicitação para que a ByteDance transfira a liderança do TikTok para cortar vínculos com a China, publicada pelo The Wall Street Journal, foi confirmada pela BBC News nesta quinta-feira (16).
Assim como outras redes sociais, o app de vídeos curtos tem acesso a dados pessoais de seus usuários. A maior preocupação, no entanto, é de que conteúdos do aplicativo permitam traçar padrões de consumo e comportamento. Além disso, o vazamento desses dados ao governo chinês representa uma ameaça à segurança nacional dos EUA.
The Biden administration is demanding for TikTok to be sold or it could be banned in the United States.
— Pop Base (@PopBase) March 16, 2023
The Chinese-owned app has long been a concern for officials regarding the safety of Americans’ data. pic.twitter.com/hUi54ZehVF
Em resposta ao portal britânico, um porta-voz do TikTok afirmou que uma mudança propriedade seria irrelevante, pois “não iria impor novas restrições ao fluxo ou acesso de dados”.
O porta-voz da empresa ainda afirmou que já está trabalhando em uma medida mais eficaz para essa questão. Segundo o TikTok, a iniciativa chamada de "Projeto Texas" prevê a transferência de todo o armazenamento e fluxo de dados de usuários estadunidenses para servidores nos EUA.
Fontes
Categorias