Após um longo período de espera, os investidores podem, finalmente, utilizar o RendA+, novo título de renda fixa do Tesouro Direto, programa da Secretaria do Tesouro Nacional que dá acesso aos títulos públicos federais para pessoas físicas. A nova modalidade ficou disponível para todos nesta segunda-feira (30) e já pode ser adquirida através do site oficial do Tesouro Direto.
Contudo, antes de investir, é muito importante entender o que é o RendA+, como ele funciona e se ele se encaixa, de fato, com os seus objetivos e perfil. Abaixo, portanto, confira um resumo sobre o título e entenda por que ele pode ser interessante!
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O que é RendA+?
O RendA+ é um título de renda fixa fornecido pelo Tesouro Direto e seu principal objetivo é a garantia de uma aposentadoria maior para seus investidores. A iniciativa, que é resultado de uma parceria entre Secretaria do Tesouro Nacional, Secretaria de Previdência (SPREV) e B3, portanto, tem como foco o longo prazo e visa estimular os brasileiros a guardar mais dinheiro para o futuro.
Nesse sentido, o RendA+ oferece uma remuneração extra durante a aposentadoria, que é paga mensalmente (com correção inflacionária). Essa renda a mais é distribuída ao longo de 20 anos, por meio de 240 prestações, que vão amortizando todo o valor investido. É possível, também, estender esse tempo para até 40 anos, caso desejado.
Com o RendA+, não precisa mais de porquinho para guardar dinheiro e garantir uma aposentadoria mais confortável.Fonte: Shutterstock
Dessa maneira, o RendA+ pode ser comparado, até certo ponto, ao título IPCA+, já que ambos proporcionam ao investidor uma taxa de juros somada à variação da inflação, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). A grande diferença, contudo, é que, enquanto o IPCA+ traz a retirada completa do valor investido na data de vencimento, o RendA+ fornece uma retirada parcelada mês a mês.
Por enquanto, o RendA+ oferece as seguintes opções de datas para começar a receber a remuneração extra: 2030, 2035, 2040, 2045, 2050, 2055, 2060, 2065. Vale ressaltar também que, para investir, basta apenas aportar, pelo menos, R$ 30 todo mês. Processo que pode ser feito via Pix, por meio da plataforma do Tesouro.
Vale a pena investir no RendA+?
Se você busca uma aposentadoria mais robusta, além daquela já prevista, o RendA+ é uma ótima opção, já que visa complementar a renda de quem está parando de trabalhar. É preciso, todavia, ter paciência e disciplina para colher os frutos, já que o título objetiva o longo prazo. Ou seja, os interessados precisam aportar na modalidade todo mês e esperar pelo vencimento do papel para que ele faça sentido.
Por isso, inclusive, o RendA+ pode não ser uma boa opção para quem não tem esse perfil de investimento. Isso porque o tempo mínimo para resgatar o dinheiro investido é de pelo menos 60 dias (desde a data de confirmação da compra).
Além disso, quem optar por retirar o dinheiro antes do período de dez anos terá que pagar uma taxa de de 0,50% ao ano sobre o valor resgatado. Se o resgate for feito entre 10 e 20 anos, a taxa baixa para 0,20% ao ano e, acima de 20 anos, fica em 0,10% ao ano.
Por fim, é essencial lembrar que a tabela de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) segue valendo para o RendA+, com alíquotas entre 22,5% e 15%. Ou seja, quanto antes o dinheiro for resgatado, maior será a taxa.
Fontes