Motoboys autônomos de pelo menos quatro estados organizam uma paralisação prevista para acontecer no dia 25 de janeiro, a primeira após a posse do presidente Lula. As informações foram divulgadas na segunda-feira (2) pela colunista da Folha de S.Paulo, Mônica Bergamo.
A mobilização está sendo articulada pela Aliança dos Entregadores de Aplicativos (AEA) e deve se concentrar nos pontos de coleta, centros comerciais e em frente às sedes do iFood e demais apps de entrega. O grupo pede melhores condições de trabalho e a criação de um fundo social para proteger os trabalhadores, entre outras coisas.
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Uma maior participação nas discussões realizadas pelo governo para tratar da regulação dos apps também está na pauta do movimento. O tema, abordado durante a campanha de Lula nas Eleições 2022, tem deixado de fora os motoboys independentes, na visão dos organizadores, com o governo dialogando apenas com as centrais sindicais.
Os motoboys querem mudanças imediatas nas condições de trabalho.Fonte: Shutterstock
Outra reivindicação feita pelo movimento é o fim das entregas duplas e triplas, que ocorrem quando mais de um endereço é visitado durante a rota e não têm apresentado uma remuneração correspondente. Eles querem ainda a volta do plano de bike para R$ 9,90 e o pagamento de apólice de seguro.
Mudanças imediatas
Conforme explicou o líder do movimento em São Paulo, Jr. Freitas, o plano de levar a mobilização até os escritórios dos apps e aos postos de coleta é pressionar pelos reajustes imediatos. De acordo com ele, muitos motoboys estão trabalhando em jornadas exaustivas e sob cansaço extremo, diante da baixa remuneração, aumentando os riscos de acidentes.
Freitas comentou ainda que cerca de 13 mil pessoas de todo o Brasil participam de grupos de WhatsApp criados com a finalidade de organizar a paralisação dos motoboys. O movimento programado para o final de janeiro terá como mote o slogan “Parem de nos matar”.
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