De uma cotação de mercado trilionária no início do ano — US$ 1,7 trilhão (R$ 8,9 trilhões) —, a Amazon fecha 2022 com cerca de metade desse valor: US$ 834 bilhões (R$ 4,4 trilhões). De acordo com a CNBC, a queda anual de 51% é a maior desde 2000, quando as ações despencaram 80%.
Para se ter uma ideia do tombo, só a Tesla, que caiu 68%, e a Meta, com 66%, tiveram um desempenho pior entre as grandes empresas de tecnologia. O cenário macroeconômico adverso, com inflação alta e taxas de juros elevadas, fez com que investidores levassem seus fundos para portos mais seguros, como empresas com altas margens de lucros, fluxo de caixa sólido e dividendos polpudos.
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Logicamente, o operacional também influiu na decisão dos investidores. Nesse sentido, a Amazon derrapou feio ao apostar em um boom sustentado do e-commerce após a pandemia. Não rolou. Após uma dependência da empresa até para compra de papel higiênico, os consumidores voltaram com força às lojas físicas, além de restaurantes e agências de viagem.
Quais as perspectivas da Amazon para 2023?
Fonte: Shutterstock/Reprodução.Fonte: Shutterstock
A essa altura dos acontecimentos, o CEO da Amazon, Andy Jassy, já admitiu o excesso de contratações e o abarrotamento dos armazéns para atender a uma demanda que não houve.
Com isso, o sucessor de Jeff Bezos desistiu de planos para novas instalações e já arquiteta o que pode ser o maior corte de pessoal já feito pela empresa de Seattle: cerca de 10 mil funcionários.
Embora analistas entrevistados pela CNBC admitam uma redução nas estimativas para a Amazon em 2023, sinalizando um crescimento de apenas 6% nas vendas de varejo, as perspectivas para o longo prazo são otimistas. “AMZN continua sendo indiscutivelmente o ativo de mais alta qualidade que cobrimos em termos de perspectivas de receita e lucro”, afirmou o analista da Evercore ISI, Mark Mahaney.
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