CEO da FTX é liberado sob fiança e vai para a casa dos pais

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Imagem: Getty Images

Após ser extraditado para os EUA, o fundador e ex-CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, será libertado sob fiança de US$ 250 milhões (R$ 1,3 bilhão). De acordo com um juiz federal, o ex-bilionário das criptomoedas aguardará na casa de seus pais, em Palo Alto na Califórnia, o seu julgamento por fraude e outras acusações criminais.

Negociada entre promotores e os advogados de Bankman-Fried, a fiança compreende, além do valor de US$ 250 milhões – considerado pelos promotores “a maior fiança pré-julgamento de todos os tempos” –, também o uso de uma pulseira eletrônica de monitoramento, aconselhamento psicológico e ficar restrito ao Distrito Norte da Califórnia.

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Além disso, o juiz Gabriel Gorenstein, determinou uma supervisão “estrita” após a liberação de SBF para a casa de seus pais, ambos professores de Direito de Stanford, que estavam presentes no tribunal. Eles tiveram que hipotecar a sua casa para custear parcialmente as condições da fiança.

Quais as acusações contra Sam Bankman-Fried?

O procurador-assistente dos EUA, Nicolas Roos, afirmou ao tribunal que Bankman-Fried era o coração de “uma fraude de proporções épicas”. Mas pesou em seu favor o fato de ter retornado voluntariamente ao país, não ter histórico de fuga e ter reduzido de forma significativa o seu patrimônio financeiro, estimado pelo acusado em apenas US$ 100 mil.

Chamada pelos reguladores federais de “descarada”, a fraude multibilionária perpetrada pelo ex-CEO da FTX a seus investidores envolveu o uso de fundos de clientes para compra de imóveis, financiamento de campanhas políticas e operações de “apoio” ao fundo de hedge Alameda Research, também de propriedade do executivo.

Dois dos principais colaboradores de Bankman-Fried, Caroline Ellison e Gary Wang, se declararam culpados das acusações de fraude e estão cooperando com as investigações. A audiência do ex-bilionário ocorrerá em Nova York no dia 3 de janeiro de 2023.

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