CEO da Tesla, Elon Musk promete desde 2015 que os carros da marca seriam “totalmente autônomos em dois anos ou menos”. Contudo, a promessa nunca foi cumprida e isso fez alguns motoristas abrirem uma ação coletiva relacionada ao Full Self Driving (FSD).
Apesar do nome, e o custo elevado de US$ 15 mil, a tecnologia ainda não permite que os carros dirijam sozinhos, o que abriu brechas para acusações de fraude. Do outro lado, os advogados da montadora admitiram que a fabricante fracassou em alcançar o objetivo nos prazos do CEO Elon Musk, mas garante que não existe fraude na promessa.
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Full Self Driving é um sistema que permitiria que o carro atuasse de maneira totalmente autônoma.Fonte: David von Diemar/Unsplash
“O mero fracasso em realizar uma meta de longo prazo não é fraude”, dizem os advogados da Tesla no pedido de arquivamento do processo no último dia 28 de novembro.
A ação cita as diversas vezes que Musk e outros executivos afirmaram que os veículos da marca se tornariam totalmente autônomos no período de dois anos. Bem como, a promessa indicava que isso aconteceria por meio de uma atualização de software.
O documento também destaca um vídeo que mostra um dos veículos dirigindo sozinho. Contudo, o material é falso e, segundo os funcionários, foram necessárias várias tentativas até o carro realizar as manobras sem erros.
Então, os advogados alegam que deixar de atender às próprias expectativas de Musk não é “evidência de que alguém tentou enganar propositalmente os consumidores”. Para mais, os motoristas deveriam estar cientes das limitações antes da compra com base nos termos de isenções de responsabilidade no site da empresa.
O processo também cita os acidentes relacionados ao Autopilot da Tesla.Fonte: Jannes Glas/Unsplash
Acidentes causados pelo Autopilot da Tesla
Registrado no tribunal da Califórnia, o processo também cita os acidentes causados pelo assistente de direção Autopilot da Tesla. Criado para evitar automaticamente a colisão com carros e pedestres, o sistema teve falhas significativas que resultaram até em mortes.
A defesa da montadora menciona que, mesmo que as tecnologias estivessem envolvidas em acidentes, o número de ocorrências não é maior do que ocorre com um motorista humano sem auxílio nas mesmas condições.
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