Na última semana, um projeto de lei da cidade de São Francisco, nos Estados Unidos, aprovou o uso de robôs policiais que podiam usar força letal e matar. Agora, o projeto foi suspenso após passar por uma votação do Conselho de Supervisores da região.
A decisão inicial havia causado uma polêmica em São Francisco, com moradores criticando a aprovação de um policial robô que poderia matar pessoas que cometeram crimes. Vale destacar que a morte seria a última opção em situações mais extremas.
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Na época da polêmica, uma das grandes manifestações sobre o caso foi realizada na prefeitura de São Francisco, pedindo que a polícia reconsiderasse a aprovação. Inicialmente, a votação a favor havia coletado 8 dos 11 votos, contudo, em uma novo pleito, eles decidiram votar contra o projeto — nessa ocasião, o resultado foi de 8 a 3.
Imagem de um robô usado para desarmar bombas; inclusive, esses robôs já são utilizados pela polícia em diferentes regiões dos EUA (Reprodução/The Guardian)Fonte: Reprodução/Martin Godwin/The Guardian
Robôs assassinos? Não!
“Paramos o uso de robôs assassinos em São Francisco hoje. O clamor público ajudou seis supervisores a avaliarem plenamente a gravidade da votação da semana passada e as inúmeras perguntas não respondidas sobre a ética e implicações práticas ao permitir que a polícia use máquinas para matar seres humanos”, disse a supervisora Hillary Ronen, após a suspensão.
Em entrevista à BBC, a ativista Catherine Connolly, do grupo ativista Stop Killer Robots, disse que a decisão poderia distanciar os humanos das mortes. Apesar da nova decisão contra os robôs, isso não quer dizer que a proposta foi totalmente descartada, já que ela ainda pode ser aperfeiçoada e aprovada.
Na época da antiga aprovação, a Polícia de São Francisco afirmou que os robôs poderiam usar cargas explosivas para romper estruturas certificadas e, em casos mais extremos, poderiam ceifar a vida de criminosos. Além disso, as máquinas podem incapacitar, desarmar e desorientar suspeitos que representam risco de morte.
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