Uma carta do tipo “puxão de orelhas” foi divulgada como um míssil em direção ao Metaverso na plataforma Medium, na noite de segunda-feira (24). Dirigida diretamente ao CEO da Meta, Mark Zuckerberg, a correspondência é assinada por Brad Gerstner, fundador e CEO da Altimeter Capital.
Embora redigida em um tom cordial, a correspondência do importante acionista não poupa críticas ao projeto do Reality Labs, o qual chama de "superdimensionado e aterrorizante, mesmo para os padrões do Vale do Silício".
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A principal apreensão (justificável) dos investidores é uma queda de 55% das ações da Meta nos últimos 18 meses. Para Gerstner, “seu índice P/L [indicador Preço/Lucro] caiu de 23x para 12x e agora é negociado a menos da metade do P/L médio de seus pares. Esse declínio no preço das ações reflete a perda de confiança na empresa, não apenas o mau humor do mercado".
Plano dos investidores para a Meta ficar em forma e focada
Fonte: Shutterstock/Reprodução.Fonte: Shutterstock
A correspondência de Gerstner não fica apenas no chororô, e convida todos os investidores, funcionários e a comunidade de tecnologia para recuperar aquela "sua pegada" característica. Para atingir essa meta real, o pessoal da Altimeter Capital elaborou um plano de três etapas para a companhia de Menlo Park ficar "em forma e focada".
A "receita" para a retomada do crescimento promete dobrar o FCF (fluxo de caixa livre) para US$ 40 bilhões (R$ 212 bilhões) por ano e focar investidores e equipes da empresa:
- Reduzir as despesas de headcount (quadro de pessoal) em pelo menos 20%;
- Reduzir o capex anual [despesas de capital] em pelo menos US$ 5 bilhões, de US$ 30 bilhões para US$ 25 bilhões; e
- Limitar o investimento no metaverso/Reality Labs a US$ 5 bilhões por ano.
A Meta recusou-se a comentar sobre a carta da Altimeter, e deverá divulgar, nesta quarta-feira (26), os seus resultados do terceiro trimestre. Mas as expectativas não são as melhores.
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