O metaverso ainda parece um conceito muito abstrato para grande parte das pessoas. Contudo, ao longo dos últimos anos, milhões de novos usuários decidiram conhecer mundos virtuais novos, e a tendência aponta para o crescimento.
Muitos chamam esse tipo de realidade virtual de web 3.0. Cronologicamente, tivemos a web 1.0 quando surgiram os sites; a web 2.0 quando surgiram as redes sociais; e agora estamos testemunhando o nascimento de um novo meio de comunicação online.
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Só que também já sabemos o quão impactante essas mudanças podem ser na sociedade, pois já passamos por isso duas vezes. Então, se você está pensando em criar presença para sua empresa no metaverso, você está se preparando para um futuro muito provável em que esse movimento se tornaria inevitável de qualquer forma. O melhor é sempre se adiantar, não é mesmo?
Por outro lado, estar presente desde o começo significa desbravar um mar desconhecido. Ou, ao menos, não tão conhecido assim.
Que fique claro: nenhum de nós será pioneiro pela mera presença no metaverso, que já está se desenvolvendo constantemente. As grandes empresas pisaram lá primeiro. Mas isso também significa que elas cometeram os primeiros erros e fizeram os primeiros ajustes. Daqui para frente, o trabalho de entrar no metaverso é uma mistura de acompanhar o que está acontecendo e se arriscar de vez em quando para buscar uma inovação.
O metaverso, como toda inovação, ainda tem um futuro incerto, mas que ainda assim parece promissor.
Vamos falar da prática: como entrar no metaverso?
Em primeiro lugar, é preciso entender que o conceito de metaverso abrange uma série de diferentes “universos”. Ou seja, na prática, não existe só um metaverso, existem vários. Os principais são The Sandbox e Descentraland. Dá para pensar neles como video games de mundo aberto, já que não há desafios a serem cumpridos, e sim espaços virtuais e ferramentas para fazer o que você quiser.
Só que isso não é de graça. Na verdade, funciona exatamente como o mercado imobiliário da vida real: você precisa comprar um terreno para ter direito a construir algo. Inclusive, pode não fazer nada e só mantê-lo como investimento para o futuro.
A ideia pode parecer esquisita, mas esse mercado está bem movimentado. Segundo a MetaMetric Solutions, US$ 501 milhões foram movimentados em 2021 só em compras e vendas de terrenos virtuais. Tem muita gente de olho.
Após o primeiro passo — realizado com cautela e uma cuidadosa análise de riscos, como seria para qualquer investimento imobiliário —, é hora de oferecer algo ao usuário. De nada adianta pagar para mal ser visto no metaverso, e para que isso aconteça é essencial chamar a atenção.
Experiências 3Ds, venda de token não fungível (NFT) e benefícios phygital (mistura de físico com digital, em tradução livre) são boas opções. Nos dois primeiros casos, sua empresa estaria trabalhando inteiramente com o espaço virtual e as limitações dele. O phygital, por sua vez, pode funcionar de várias maneiras. Por exemplo: vender um NFT que dá direito a um benefício exclusivo em uma loja presencial ou o contrário, fazendo que clientes conheçam a marca no metaverso.
O mais importante é entender o metaverso como um novo e disruptivo canal de comunicação. Investir nele ainda pode ser arriscado se você não tiver acompanhamento profissional, afinal todo mundo está descobrindo o que funciona e o que não funciona.
Entretanto, não investir pode ser até mais arriscado. Quem pode garantir que os valores dos terrenos virtuais não ficarão muito mais caros nos metaversos populares? Ou se, um dia, estar presente nesses universos será tão imprescindível quanto ter um site ou uma conta no Instagram para ser encontrado pelo público?
Como em toda inovação, o futuro é incerto, mas parece promissor. Escolha sua posição com cuidado, seja no Sandbox, seja em Descentraland, seja em qualquer outro metaverso, e tome cuidado para seguir a máxima de toda relação com o público: crie boas experiências. Elas permanecem encantando e fidelizando, não importa o local, se físico ou digital.
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