Acatando a decisão da Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido (CMA), a Meta confirmou nesta terça-feira (18) que irá vender o Giphy. A plataforma de gifs animados foi adquirida pela dona do Facebook em 2020 por US$ 400 milhões.
Em comunicado ao The Verge, o porta-voz da big tech Matthew Pollard afirmou que ela acatará a decisão do regulador britânico, embora a tenha recebido com “desapontamento”. O representante disse ainda que a companhia vai se desfazer de todas as operações internacionais do site de gifs.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
No ano passado, a CMA já havia determinado ao conglomerado presidido por Mark Zuckerberg que vendesse o Giphy. Na visão do órgão, a fusão entre as duas marcas resultaria no aumento do poder de mercado da gigante da tecnologia de diferentes maneiras.
O Giphy foi criado em 2013 e tem sede nos Estados Unidos.Fonte: Giphy/Reprodução
Uma das preocupações das autoridades britânicas era de que a Meta negasse ou limitasse o acesso de outras plataformas à biblioteca de gifs. Além disso, havia o temor de que a empresa exigisse, de concorrentes como Twitter, Snapchat e TikTok, o fornecimento dos dados de seus usuários para liberar as imagens animadas.
Recurso negado
A Meta entrou com recurso após a primeira determinação de venda da plataforma de gifs dada pela CMA em novembro passado, tentando reverter a decisão do regulador. No entanto, o Tribunal de Apelação da Concorrência (CAT), responsável por analisar a contestação, disse que a empresa falhou em cinco das seis alegações citadas em sua defesa.
O único ponto não impugnado pelo CAT foi o referente ao compartilhamento dos dados. Dessa forma, o tribunal manteve a decisão da CMA: “A única maneira de resolver isso é com a venda do Giphy. Isso promoverá a inovação na publicidade digital e também garantirá que os usuários de mídia social do Reino Unido continuem se beneficiando do acesso ao Giphy”.