Meta obriga seus empregados a usarem o metaverso de Horizon Worlds

Uma das apostas bilionárias da Meta para reformular a maneira como interagimos com o mundo digital, o Horizon Worlds, principal aplicativo do metaverso da empresa, parece não estar tendo a aceitação originalmente prevista por Mark Zuckerberg. Segundo o The Verge, nem mesmo os próprios funcionários da empresa querem usar o produto.

Um memorando interno obtido pelo site revela que a empresa irá “responsabilizar os gerentes” cujas equipes não utilizarem o headset e o app top de linha da empresa para entrar no ambiente gratuito de realidade virtual dos patrões.

Prometido como “um universo em constante expansão de experiências virtuais projetadas”, o Horizon Worlds pode ser utilizado através dos headsets Oculus Rift S e Meta Quest 2 VR. A experiência deverá ser aprimorada com a chegada do novo Meta Quest Pro VR/AR, que virá para competir com o esperado Apple Headset.

Fonte: Meta/Divulgação.Fonte:  Meta 

Usando o Horizon Worlds à força

A ideia da Meta é que, em pouco tempo, em vez de navegarmos na internet do lado de fora de um dispositivo, iremos fazê-lo dentro de um app como o Horizon Worlds. E, embora essa interface esteja sendo pensada em termos de jornadas pessoais e ambientes corporativos virtuais, parece que o software está tão bugado, segundo o The Verge, que nem os funcionários querem entrar nele.

De acordo com o site, em um dos memorandos vazados — com data de 15 de setembro — o vice-presidente do Metaverso, Vishal Shah, "aloprou" com as equipes e disse que todos permanecerão em um "lockdown de qualidade" pelo resto do ano, para garantir que "corrigimos nossos furos e problemas de desempenho antes de abrir o Horizon para mais usuários”.

Quinze dias depois, o tom de Shah se tornou ainda mais passional em outro memorando: “Todos nesta organização devem ter como missão se apaixonar por Horizon Worlds. Você não pode fazer isso sem usá-lo. Entre lá. Organize momentos para fazer isso com seus colegas ou amigos, tanto nas compilações internas quanto nas públicas", disse o executivo.