Mesmo preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, no Rio de Janeiro, Glaidson Acácio do Santos, que ficou conhecido como “Faraó dos Bitcoins” após ser acusado de liderar um esquema bilionário de pirâmide financeira, obteve 37.035 votos nas eleições do dia 3 de outubro.
Glaidson tentava uma cadeira de deputado federal, que lhe garantiria uma vaga pelo partido Democracia Cristã na Câmara Federal, em Brasília, e um eventual foro privilegiado.
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No entanto, ele não assumirá o cargo, porque teve sua candidatura indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro no dia 12 de setembro. Como essa data era o último dia para definir a aptidão dos candidatos, a foto do "Faraó" acabou indo parar na urna eletrônica.
Fonte: TSE/Reprodução.Fonte: TSE
O que disse o TRE-RJ sobre a candidatura do "Faraó"?
No julgamento da candidatura de Acácio, os desembargadores o consideraram inapto para concorrer ao cargo, pois é dirigente de um estabelecimento financeiro que está sendo objeto de liquidação, conforme previsto na Lei Complementar nº 64/90 (Lei da Ficha Limpa). Com a decisão, os votos que o candidato porventura recebesse, seriam considerados não válidos.
Após o indeferimento de sua candidatura, Glaidson recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas esta corte ainda não julgou seu pedido, e é por isso que a situação do aspirante a candidato ainda aparece como Anulado/Sub judice no site do tribunal (veja foto acima). Porém, por estar preso e sendo investigado pela Polícia Federal, é difícil que essa situação seja revertida, segundo especialistas,
No julgamento, a defesa do "Faraó dos Bitcoins argumentou que sua atividade comercial não estava enquadrada na legislação eleitoral como prática criminosa. Entretanto, os desembargadores entenderam que as atividades de Glaidson "comprometem a moral e a ética jurídica", além de facilitar a prática de delitos passíveis de enquadramento como crimes financeiros.
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