O empresário Martin Mobarak resolveu queimar uma obra de arte de Frida Kahlo para promover a venda de tokens não fungíveis (NFTs), mas acabou virando alvo de uma investigação de autoridades do México, terra natal da artista. A peça queimada era avaliada em US$ 10 milhões (cerca de R$ 53 milhões).
O ato foi filmado e presenciado por uma plateia que aplaudiu enquanto o desenho “Fantasmones Siniestros” se desfazia em uma taça de martini recheada com combustível. Mobarak, CEO e fundador da Frida.NFT, anunciou que vai vender 10 mil tokens digitais para arrecadar recursos para a caridade, além do Palácio de Belas Artes do México e o Museu Frida Kahlo.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
No entanto, o Instituto Nacional de Belas Artes mexicano não gostou muito da atitude. “No México, a destruição deliberada de um monumento artístico constitui um crime nos termos da lei federal sobre monumentos e zonas arqueológicas, artísticas e históricas”, afirmou o órgão em comunicado à imprensa.
O que é Frida.NFT?
O Frida.NFT foi criado para ser uma ponte entre o mundo da arte tradicional e a expansão potencial da Web 3.0. De acordo com a empresa, a introdução do trabalho da artista mexicana no metaverso é uma estratégia para estimular colecionadores, criadores e amantes a mesclar o mundo da arte tradicional com o mundo digital.
“Frida Kahlo ficou imortalizada na forma NFT”, argumenta Mobarak, que parece não ver problema em destruir peças únicas para promover seu negócio. “Sua arte que agora é compartilhada em todo o mundo criou doações que continuarão a crescer em perpetuidade”, completa.
Fontes
Categorias