A empresa mineira de telecomunicações Algar Telecom confirmou, na segunda-feira (26), que os disparos de SMS em massa realizados no sábado (24) – com mensagens a favor da campanha de Jair Bolsonaro e ameaças criminosas contra o STF – foram feitos de forma indevida pela sua base de dados.
Em nota, a empresa com sede em Uberlândia (MG) informa que, desde a confirmação do episódio, "iniciou uma investigação interna com o apoio de consultores especializados, a fim de identificar as causas, adotar medidas mitigadoras necessárias e tomar as providências técnicas e legais em resposta ao ocorrido".
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Investigações internas em curso revelaram um acesso à plataforma da Algar feito com um IP que não pertence à operadora.
Disparo de mensagens no Paraná
Fonte: Algar Telecom/Divulgação.Fonte: Algar Telecom
No sábado passado (24), diversos usuários da Paraná Inteligência Artificial (PAI) passaram a reportar o recebimento de uma mensagem via SMS com o seguinte texto: “Vai dar Bolsonaro no primeiro turno! Senão, vamos a rua para protestar! Vamos invadir o congresso e o STF! Presidente Bolsonaro conta com todos nós!”.
A Celepar, estatal paranaense responsável pela plataforma que oferece serviços digitais à população do estado, divulgou nota em que denuncia o crime de disparo em massa e atribui a responsabilidade da ocorrência à terceirizada (a Algar) “sem qualquer iniciativa e envolvimento da Celepar e do Governo do Estado.”
Em seguida, a Companhia de Informática do Paraná notificou oficialmente a Algar Telecom para prestar esclarecimentos, e divulgou uma nota conjunta com o governo paranaense, na qual afirma que “os órgãos policiais e eleitorais já foram acionados em todas as esferas e os boletins de ocorrência realizados para fins de investigação”.
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