Às dez horas da manhã desta segunda-feira (29), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deu início aos trabalhos de lacração dos sistemas eleitorais. De acordo com a instância jurídica máxima da Justiça Eleitoral brasileira, o processo visa garantir ao eleitor “que o voto registrado na urna será computado de forma totalmente segura”.
Na prática, isso significa que, durante esta semana, uma equipe de dez técnicos da Secretaria de Tecnologia da Informação do tribunal irá executar uma compilação dos programas do sistema eletrônico de votação. O objetivo do procedimento é verificar a integridade e o bom funcionamento do software.
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Em linguagem técnica, esses especialistas irão transformar os códigos-fontes – aquele conjunto de palavras escrito pelos programadores – em linguagem binária, sequências de “zeros” e “uns” que os dispositivos eletrônicos conseguem “entender”. A compilação é feita na presença de representantes de partidos políticos, da OAB e do Ministério Público (MP).
O que acontece após a compilação dos programas?
Quando os trabalhos de “tradução” de códigos escritos em linguagem de alto nível para a linguagem de máquina estiverem encerrados – o que está previsto para sexta-feira (2) –, serão gerados os resumos digitais (hashes), e os sistemas receberão a assinatura do presidente da corte, ministro Alexandre de Moraes, e demais autoridades presentes.
Em seguida, ocorre a lacração propriamente dita, quando os sistemas (fontes e executáveis) assinados digitalmente pelo TSE são gravados em mídia não regravável, lacrados e armazenados na sala-cofre do tribunal.
Os hashes de todos os sistemas são publicados na internet e também aos representantes dos partidos políticos, OAB e MP, juntamente com uma mídia de verificação de assinatura digital para microcomputador, urna e servidor. Esses sistemas eleitorais funcionam somente nos computadores da Justiça Eleitoral e, ainda que fossem interceptados, não há qualquer possibilidade de instalação em computadores externos, garante o TSE.
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