O cofundador do Twitter Jack Dorsey foi intimado nesta segunda-feira (22) pelos advogados de Elon Musk para testemunhar no processo referente à quebra de acordo para a compra da rede social. O julgamento, no Tribunal de Chancelaria de Delaware, nos Estados Unidos, está programado para começar no dia 17 de outubro.
Ex-CEO do microblog, cargo deixado em novembro do ano passado e atualmente ocupado por Parag Agrawal, Dorsey preside a Block (antiga Square), igualmente fundada por ele e que atua no ramo de pagamentos digitais. Em abril deste ano, o desenvolvedor disse ser favorável à compra da plataforma pelo homem mais rico do mundo.
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Utilizando seu perfil oficial, o executivo comentou que o Twitter deveria ser tratado como um bem público, mas já que isso era impossível, passar a administração para o dono da Tesla seria o melhor caminho. “Resolvendo o problema de ser uma empresa, no entanto, Elon é a solução singular em que confio. Confio em sua missão de estender a luz da consciência”, tweetou à época.
In principle, I don’t believe anyone should own or run Twitter. It wants to be a public good at a protocol level, not a company. Solving for the problem of it being a company however, Elon is the singular solution I trust. I trust his mission to extend the light of consciousness.
— jack (@jack) April 26, 2022
Além do ex-CEO do Twitter, os advogados do bilionário notificaram outros dois ex-funcionários da plataforma. O antigo chefe de produtos, Kayvon Beykpour, e o responsável pelo produto de receita da empresa, Bruce Falck, demitidos da companhia recentemente, também foram intimados para participar do processo.
O que Musk quer de Dorsey?
Com a intimação de Jack Dorsey e os outros antigos funcionários do microblog, a equipe que defende o chefe da SpaceX busca informações e provas para apoiar o argumento de Musk para não cumprir o acordo de compra do Twitter. Para desistir do negócio, ele disse que a empresa mentiu sobre a quantidade de bots ativos.
No caso do antigo executivo, os advogados solicitaram documentos e comunicações sobre o impacto causado nos negócios da plataforma pelas contas automatizadas e detalhes referentes à posse de ações, entre outras informações. Eles também buscam dados sobre o engajamento de usuários e ganhos com anúncios.
O Twitter tem se movimentado em busca de provas para apresentar no julgamento marcado para outubro. Bancos e instituições que aconselharam Musk e prometeram financiar a quantia restante para garantir os US$ 44 bilhões necessários para a compra estão entre as empresas intimadas pela rede social.
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