A receita da Xiaomi teve uma queda de receita de 20% no segundo trimestre de 2022, quando a China foi atingida por novas restrições causadas pela covid-19, conforme o balanço financeiro divulgado nesta sexta-feira (19). A redução é superior a apresentada no trimestre anterior, quando a marca registrou seu primeiro declínio.
O documento aponta ganhos de 70,17 bilhões de yuans com as vendas no segundo trimestre, o equivalente a R$ 53,2 bilhões pela cotação do dia. Já o lucro total chegou a 2,08 bilhões de yuans (R$ 15,7 bilhões), uma queda de 67% na base anual, bem abaixo do estimado pelos analistas.
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Essa diminuição na receita trimestral da Xiaomi coincidiu com uma nova onda de bloqueios em Xangai e outras cidades da China, para conter os avanços de casos da doença provocada pelo novo coronavírus. As medidas atingiram duramente o comércio local, afetando as finanças da empresa.
Cidades chinesas enfrentaram novos bloqueios por causa da covid-19, recentemente.Fonte: Unsplash
“No mercado chinês, houve o ressurgimento da pandemia e, como resultado, a demanda foi difícil e fraca”, ressaltou o presidente da Xiaomi, Wang Xiang, durante uma teleconferência. Ele citou ainda a influência da alta nos preços de combustíveis, custos de insumos e inflação como determinantes para a redução das vendas globalmente.
Vendas de celulares em declínio
Principal negócio da marca e responsável por mais da metade da sua receita, os smartphones têm apresentado uma queda considerável nas vendas ao longo dos últimos meses. No ano passado, a gigante chinesa ganhou mais espaço após as sanções dos Estados Unidos prejudicarem a Huawei.
No entanto, a desaceleração do mercado atingiu em cheio a empresa, com as vendas de telefones caindo 29%, como relata a Reuters. A Xiaomi também tem sido afetada por problemas com as autoridades indianas, seu principal mercado fora da China, onde teve mais de US$ 700 milhões confiscados de suas contas por suspeita de transferências ilegais para o exterior.
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