A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou a liberação, na próxima terça-feira (16), do sinal 5G "puro", o standalone — que utiliza faixas de dedicação exclusiva — nas cidades de Curitiba (PR), Goiânia (GO) e Salvador (BA).
Falando ao G1, o conselheiro da agência, Moisés Moreira explicou que o projeto inicial previa o funcionamento da tecnologia em todas as capitais brasileiras até 31 de julho, mas o prazo teve que ser adiado pela Anatel, e agora a expectativa é de que todas as capitais tenham o 5G funcionando até o dia 27 de novembro.
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Confira abaixo o calendário atualizado.
Cidades onde o 5G SA já está ativado
A primeira cidade brasileira a contar com o 5G foi Brasília (DF), no dia 6 de julho. Em seguida, vieram Belo Horizonte (MG), João Pessoa (PB) e Porto Alegre (RS), em 29 de julho, e, no dia 4 de agosto, foi a vez de São Paulo (SP).
Cidades que já contam com data de ativação da tecnologia
Nessa sexta-feira (12), uma reunião do Gaispi, grupo criado pela Anatel para supervisionar a implantação da internet 5G na faixa de 3,5 GHz, fixou novo calendário de ativação:
16 de agosto
- Curitiba (PR)
- Goiânia (GO)
- Salvador (BA).
Cidades que estão "na fila", mas ainda sem data definida
De acordo com Moreira, a chegada do 5G em 15 capitais teve que ser postergada porque as operadoras estão aguardando a chegada de alguns equipamentos que deverão ser instalados para que o sinal da nova tecnologia não interfira em serviços profissionais de satélite existentes.
Dessa forma, Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Florianópolis (SC) e Palmas (TO) terão o sinal ativado, no máximo, até o dia 29 de setembro. Quanto àquelas 15 capitais que aguardam equipamentos, o prazo máximo de implantação comercial será prorrogado em 60 dias, somente "por uma questão de cautela e prudência", segundo Moreira.
Até 29 de setembro
- Rio de Janeiro (RJ)
- Vitória (ES)
- Florianópolis (SC)
- Palmas (TO)
Até 27 de novembro
- Recife (PE)
- Fortaleza (CE)
- Natal (RN)
- Aracaju (SE)
- Maceió (AL)
- Teresina (PI)
- São Luís (MA)
- Campo Grande (MS)
- Cuiabá (MT)
- Porto Velho (RO)
- Rio Branco (AC)
- Macapá (AP)
- Boa Vista (RR)
- Manaus (AM)
- Belém (PA)
A chegada do 5G
Quando se fala em 5G "puro", isso ocorre porque algumas operadoras nacionais já anunciam, desde 2020, a disponibilização do chamado 5G DSS (Compartilhamento Dinâmico de Espectro, na sigla em inglês). Essa tecnologia, embora ofereça conexões mais rápidas, continua usando as mesmas frequências do 4G, mas logicamente não entrega o mesmo potencial da quinta geração das redes móveis.
Na verdade, o "5G" que funciona no Brasil desde 2020 é apenas uma atualização de software que obtém o mesmo alcance do 4G, no entanto com velocidade até 12 vezes maior. Nessa configuração, são utilizadas as mesmas antenas, redes, equipamentos e infraestruturas de quarta geração.
Mas, e o 5G puro?
Na verdade, o 5G de verdade mesmo, que está sendo implantado nas capitais brasileiras, é o 5G SA (standalone) que, diferentemente do 5G DSS e do 5G NSA (non-standalone), usa frequência e núcleo de rede 5G. Isso significa uma internet super-rápida e com baixa latência, leia-se downloads rapidíssimos e jogos sem atraso, além de aplicações industriais inéditas.
Para viabilização plena da nova tecnologia, são necessários novas estruturas e equipamentos, além de hardwares e softwares específicos para fazer a transmissão de sinal. Para se ter uma ideia da velocidade, a conexão chega a ser 100 vezes mais rápida do que o 4G que conhecemos. No novo ecossistema, é possível pensar na universalização da Internet das Coisas (IoT), expansão da Inteligência Artificial e instrumentalização de universos virtuais.
Fontes