Elon Musk e seus advogados estão pressionando o Twitter a fornecer os nomes dos funcionários diretamente responsáveis por inspecionar a base de clientes da plataforma em busca de contas de spam e robôs. Segundo a Bloomberg, o bilionário enviou uma carta à juíza do Tribunal de Chancelaria de Delaware, Kathaleen McCormick, que foi arquivada sob sigilo.
De acordo com a publicação, “pessoas a par das alegações” afirmam que a equipe de Musk alega que o Twitter estaria escondendo propositalmente essas potenciais testemunhas-chaves no caso em que o serviço de microblog tenta obrigar o empresário a cumprir o contrato de fusão de US$ 44 bilhões do qual está tentando se esquivar.
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Por isso, nessa petição a defesa do bilionário pede especificamente que a magistrada obrigue o Twitter "a produzir descobertas de custodiantes específicos", ou seja, o nome dos funcionários, para que os advogados possam interpelá-los diretamente.
Tribunal de Chancelaria de Delaware. (Fonte: Antony22/Wikimedia Commons/Reprodução.)Fonte: Antony22/Wikimedia Commons
O que diz o Twitter?
O movimento produzido pela equipe jurídica de Musk é mais uma tentativa de contestar a afirmação do Twitter de que menos de 5% dos seus usuários ativos diários monetizáveis (mDAU na sigla em inglês) são spam ou falsos. O Twitter diz que isso é apenas uma desculpa sem fundamentos e que o bilionário não apresentou “nem mesmo um fragmento de evidência para apoiar a tese”.
Quanto tentou fazê-lo, produziu um episódio cômico, pois a análise de spam na qual o dono da Tesla se baseou – uma ferramenta online do site Botometer – considerou a própria conta de Elon Musk como um provável bot, segundo o Twitter.
Por enquanto, a rede social ainda não respondeu às solicitações do comprador arrependido. Conforme a Bloomberg, as regras do tribunal determinam que "os advogados do Twitter têm até cinco dias úteis para decidir o que deve ser suprimido do arquivamento como informação proprietária”. De qualquer forma, a data do julgamento está mantida para 17 de outubro.
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