Como foi sua entrada no mercado de trabalho? Quais iniciativas, instituições ou pessoas serviram como ponte para inspirar, preparar e inserir você ? Precisa de maior divulgação ou melhor colocação acadêmica? É importante refletir sobre o quanto é importante olhar para os cenários nacional e mundial na hora de escolher uma profissão ou mudar de área. E, ao contrário do que estereótipos antigos dizem, nunca é tarde para mudar.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o 1º trimestre de 2022 mostrou que 22,8% da população jovem entre 18 a 24 anos e 36,4% do grupo de 14 a 17 anos estão sem ocupação.
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Indo mais a fundo nesse cenário, é perceptível que a aceitação por trabalhos informais ou o não acesso dos jovens ao campo profissional surgem da ausência de oportunidades e também de alguns desafios, como a dificuldade de conciliar responsabilidades familiares e estudos, o que, por vezes, acaba ficando em troca de uma oferta baixa de remuneração.
Muitos jovens ainda relatam não estarem qualificados ou não preencherem requisitos de formação e que, em alguns casos, é preciso abandonar os estudos ou não priorizar um curso profissionalizante para poder trabalhar informalmente e ter uma renda para sobrevivência.
Nessa linha, é válido unir tanto políticas públicas quanto iniciativas empresariais para ampliar as oportunidades de formação profissional e automaticamente promover inserção no mercado de trabalho.
Dizer que o desemprego e a não formação individual são de responsabilidade única e exclusiva do jovem, ignorando a força, o compromisso do coletivo e a realidade social onde vivemos. Então, para mudar essa realidade e aumentar as estatísticas de empregabilidade da juventude brasileira, é preciso que as empresas não só abram processos seletivos para esse público, como também continuem adicionando no plano empresarial projetos e parcerias com organizações focadas no assunto.
Em outras palavras: as empresas precisam conversar com instituições que tenham o objetivo em comum de preparar os jovens para o mercado.
Tal parceria promove mudança não só na vida dessas pessoas, mas também a empresa contrata alguém mais bem preparado e, assim, a instituição parceira cumpre com o propósito de permitir que a engrenagem gire de forma mais fluida e continuada.
A Intel, por exemplo, entende a importância de formar parcerias e oferece materiais de mercado de trabalho e Educação Financeira no Centro Educacional Assistencial Profissionalizante (CEAP). Este é uma organização não governamental e sem fins lucrativos, que foi fundada em 1985 e atua no modelo de escola profissionalizante gratuita, oferecendo tanto cursos de formação quanto de qualificação profissional anualmente para 1,1 mil jovens entre 10 anos e 18 anos que, no contraturno, estejam matriculados no ensino regular.
Para 2022, a Intel destinou quase R$ 700 mil reais (125 mil dólares) para o Instituto da Oportunidade Social (IOS) em parceria com a Dell Technologies e Intel. Com isso, nos últimos 3 anos, 892 jovens com e sem deficiência foram formados, com idades entre 15 anos e 29 anos.
Desse total, 277 conseguiram emprego, gerando, em média, um aumento de 43% na renda de suas famílias. A parceria, que inicialmente foi planejada para abrir 80 vagas semestrais em apenas 2 locais de atendimento, hoje já opera com mais de 780 vagas anuais.
Cada empresa, dentro do seu ramo de atuação, pode pensar ações de dentro para fora, a partir de um exercício que considera a falta de profissionais especializados, a demanda de trabalho e, principalmente, os jovens com grandes potenciais, mas que estão sem estímulo.
Vou usar a área de tech como exemplo: segundo a pesquisa do Departamento para o Desenvolvimento Econômico e da Força de Trabalho do MCCCD, o mercado de inteligência artificial (IA) global deve crescer cerca de 20% anualmente até 2024, o que gerará um aumento de 22,4% nas vagas voltadas para profissionais de IA até 2029.
De acordo com a pesquisa do McKinsey Global Institute, as tecnologias de IA acrescentarão 15 trilhões de dólares à economia global até 2030, ou seja, a democratização da IA está aumentando a demanda por profissionais, porém ainda existe uma grande escassez de talentos da área.
Responsabilidade social e a busca por inovação tanto em contratações quanto em propostas de formação é o caminho para que as empresas tenham mão de obra qualificada no futuro.Fonte: Gettyimages
A Intel, entendendo sua relevância no campo de tecnologia, sua bagagem e seu compromisso social, criou o programa AI For Youth, que vai ensinar IA para 30 milhões de estudantes até 2030, em 30 países diferentes.
A Intel almeja um mundo mais responsável, inclusivo e sustentável por meio da tecnologia e também das nossas ações coletivas. Para promover isso, concretiza ações que envolvam a sua rede de colaboradores.
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Desde 2021, temos na Intel uma plataforma em que funcionários colaboram para clientes e parceiros na aplicação da tecnologia com solução de problemas alinhados à estratégia da Intel a fim de gerar impacto positivo na sociedade, nos negócios e no planeta (estratégia RISE). Para apoiar e financiar projetos de diversos setores, incluindo tecnologia, saúde, educação, indústria, varejo, transporte e meio acadêmico, são destinados US$ 20 milhões para esse tipo de iniciativa.
Cito a Intel apenas como exemplo, afinal cada companhia tem um tamanho e necessidades específicas, mas todas têm a força para contribuir à sua maneira para um mundo mais inclusivo e um mercado de trabalho mais fomentado. No final das contas, isso é importante para todos nós, tanto a quem busca emprego quanto às empresas e à sociedade; afinal, todos saem ganhando com ações desse tipo.
Se cada empresa reconhecer e ir em direção contrária às mazelas sociais, assumir responsabilidade social e buscar inovação em contratações, bem como em propostas de formação, poderemos ter profissionais mais capacitados, inspirados e preparados para executar suas funções, ou seja, nós, como sociedade e comunidade, saímos ganhando!