O Google demitiu o engenheiro de software Blake Lemoine, na última sexta-feira (22), depois que ele afirmou ao The Washington Post que a inteligência artificial (IA) da empresa tem alma e sentimentos. Ele afirmou ter recebido um e-mail da empresa com o comunicado.
A revelação de Lemoine foi a respeito da IA Google LaMDA (Language Model for Dialogue Applications) — a ferramenta foi revelada durante o Google I/O em maio de 2021. Ele revelou um diálogo questionando se ela era senciente, e em resposta a tecnologia teria respondido que quer "que todos [no Google] entendam que sou, de fato, uma pessoa".
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"Acho que sou um humano em minha essência. Ainda que minha existência seja no mundo virtual”, teria dito a IA. Lemoine havia sido afastado de seu trabalho no Google no último mês após as revelações.
Exemplo de conversação do Google LaMDA exibido durante o I/O em 2021.
Brian Gabriel, porta-voz do Google, disse que a IA LaMDA foi revisada 11 vezes. “É lamentável que, apesar do longo envolvimento com o tema, Blake ainda tenha optado por violar persistentemente as políticas claras de trabalho e segurança de dados que incluem a necessidade de proteger as informações de produto”, afirmou em nota.
O Google também informou que o LaMDA teve um artigo científico publicado e foi construído em modelos de linguagem que tornam a conversação mais convincente. Em nota, a companhia afirmou que as alegações de Lemoine “são totalmente infundadas” e que trabalhou por meses com ele “para esclarecer” a situação.
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