Mais de 500 mulheres estão processando a Uber por terem sido assediadas e/ou violentadas por motoristas da plataforma. Pelo menos outros 150 casos já estariam sendo investigados ativamente - e esses números são relacionados a apenas um escritório de advocacia.
O caso aberto diz que “mulheres passageiras em vários estados foram sequestradas, agredidas sexualmente, estupradas, falsamente presas, perseguidas, assediadas ou atacadas” por motoristas. A Uber divulgou seu segundo relatório de segurança nos Estados Unidos recentemente, e afirma que recebeu 3.824 denúncias das cinco categorias mais graves de agressão sexual no período entre 2019 e 2020. Isso representaria uma "queda" de 38% em comparação a 2017 e 2018.
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Adam Slater, sócio-fundador da Slater Slater Schulman, organização que abriu o processo no Tribunal Superior do Condado de São Francisco, diz que, “embora a empresa [Uber] tenha reconhecido essa crise de agressão sexual nos últimos anos, sua resposta real tem sido lenta e inadequada, com consequências horríveis”. Ele acrescenta ainda que "todo o modelo de negócios da Uber se baseia em dar às pessoas uma carona segura para casa, mas a segurança dos passageiros nunca foi a preocupação deles – o crescimento foi às custas da segurança de seus passageiros".
A Uber implementou medidas de segurança nos últimos anos, como triagens periódicas de motoristas. Porém, a empresa ainda argumenta que não pode ser responsabilizada por seus "contratados independentes".
A CNBC pediu um posicionamento da Uber sobre o caso, mas a empresa não respondeu até o momento.
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