A Tesla registrou uma queda em suas entregas pela primeira vez em dois anos. A empresa enviou cerca de 254.695 veículos no segundo trimestre, o que representa uma diminuição de 18% em relação aos três meses anteriores.
Alguns dos motivos para essa queda de entregas envolvem os bloqueios na China causados pela Covid-19 e os custos crescentes. Problemas na cadeia de suprimentos nas novas instalações da empresa no Texas e na Alemanha também prejudicaram a produção.
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Susannah Streeter, analista da Hargreaves Lansdown, diz que “o brilho da Tesla diminuiu mais uma vez com esta última queda nas entregas, chegando abaixo das expectativas”.
Até o momento em 2022, as ações da Tesla perderam cerca de um terço do seu valor. (Getty Images / Business Insider)Fonte: Getty | Business Insider
Tesla pode correr atrás do prejuízo
Analistas do Wall Street concordam que a Tesla está enfrentando várias situações negativas que podem afetar seus lucros. Seria um "cenário de pancadaria", em que quanto mais rápido um problema é resolvido, outro aparece. A Reuters inclusive faz alusão ao jogo de arcade "Bata na Toupeira" ou "Whack-a-Mole".
O CEO da empresa, Elon Musk, já descreveu as fábricas do Texas e Berlin como "fornos gigantes de dinheiro" que o fazem perder bilhões de dólares. A alta inflação e, consequentemente, aumento do custo de vida geral, também pode ter efeito indireto na demanda futura da Tesla.
Por outro lado, alguns analistas, como Garrett Nelson da CFRA Research, acreditam que a Tesla ainda tem chance de se recuperar no segundo semestre do ano.
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