'Faraó dos Bitcoins' gerou milhões da cadeia e quer ser deputado

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De acordo com relatório da Receita Federal, Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como "Faraó dos Bitcoins", movimentou cerca de R$ 228 milhões através da conversão de criptomoedas mesmo após ser preso pela Operação Kryptos. As transações teriam ocorrido por meio da advogada Eliane Medeiros de Lima, usada como laranja para converter os valores, presa em fevereiro deste ano.

Segundo os investigadores, Eliane era peça essencial para que as atividades da organização criminosa continuassem. Ela supostamente atuava como sócia da empresa GLA Serviços de Tecnologia Ltda, que também tinha Glaidson como sócio oculto.

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A empresa Malta Intermediação de Negócios e Consultoria Ltda seria responsável por intermediar a venda das criptomoedas sob posse da organização de Glaidson. Em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF), Rogério Rosendo, da Malta, afirmou que, a partir do mês que começou a Operação Kryptos, as transações feitas pela advogada se tornaram "quase diárias" - o que os investigadores classificam como "uma corrida para liquidação de criptoativos". As negociações teriam sido bloqueadas "tão logo se obteve a informação das investigações em curso".

Murilo Cobucci, atual advogado do réu, diz que "a inocência de Glaidson Acácio dos Santos será comprovada". (Reprodução via Folha de S. Paulo)Murilo Cobucci, atual advogado do réu, diz que "a inocência de Glaidson Acácio dos Santos será comprovada". (Reprodução via Folha de S. Paulo)Fonte:  Folha de S. Paulo 

"Faraó" quer ser deputado

Glaidson Acácio dos Santos foi preso preventivamente em agosto de 2021, suspeito de comandar um esquema bilionário de pirâmide financeira e lavagem de dinheiro baseado em criptomoedas. Entre seus crimes, também estão tentativa de homicídio e coautoria de homicídio com o objetivo de "eliminar a concorrência". Sua equipe de defesa nega as irregularidades atribuídas a ele e qualquer tipo de irregularidade das transações realizadas por sua corretora.

O ex-garçom, mesmo preso e esperando julgamento, anunciou recentemente sua pré-candidatura a deputado federal do Rio de Janeiro. A Lei da Ficha Limpa só impede candidaturas de condenados em segunda instância e, como o processo ainda está em aberto, ele pode concorrer ao cargo.


Caso Glaidson seja condenado até a data de registro, a candidatura pode ser indeferida. A pré-candidatura ao cargo no Rio de Janeiro foi anunciada nas redes sociais. Em um post no Instagram, clientes da empresa GAS Consultoria ainda pedem explicações sobre reembolsos.

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