Após rejeitar uma indenização de US$ 15 milhões (R$ 79 milhões) arbitrada por um juiz de São Francisco, nos EUA, o ex-funcionário da Tesla Owen Diaz voltará aos tribunais para enfrentar a empresa em um processo de discriminação racial. Inicialmente, um júri havia concedido uma reparação ao ascensorista, no valor de US$ 137 milhões (R$ 718 milhões), prêmio cancelado pelo juiz distrital William Orrick, que o considerou excessivo.
No dia 13 de abril, o juiz Orrick cancelou o pagamento de US$ 6,9 milhões em danos e US$ 130 milhões como punição à montadora determinados pelo júri em outubro de 2021. Como alternativa, propôs US$ 1,5 milhão em danos e US$ 13,5 milhões em punição à Tesla. No dia 7 de junho, o magistrado deu duas semanas para que o reclamante aceitasse ou não a redução do pagamento.
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No processo original, Owen Diaz busca indenizações compensatórias e punitivas contra a Tesla após sofrer assédio e preconceito racial do seu supervisor e de seus colegas durante os nove meses em que trabalhou na fábrica da empresa em Fremont, na Califórnia, de 2015 a 2016. De acordo com o reclamante, além do ambiente de trabalho hostil, as agressões incluíam insultos, caricaturas ofensivas e até suásticas.
O que acontece agora no processo de racismo contra a Tesla?
Fonte: Shutterstock/Reprodução.Fonte: Shutterstock
Retornar aos tribunais para encarar a maior fabricante de carros elétricos do planeta pode ser um processo demorado, custoso e até mesmo arriscado para o autor. Afinal, como em qualquer lugar, a decisão judicial depende sempre de uma série de fatores que, além do conteúdo das leis existentes, a avaliação dos fatos sob um determinado ponto de vista.
Mesmo assim, a chefe do departamento de direito trabalhista do escritório de advocacia Wilk Auslander, Helen Rella, acredita que o resultado mais provável da ação seja que Owen Diaz receba uma indenização entre US$ 15 milhões e os US$ 137 milhões originais.
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