O estado de Nova York, nos Estados Unidos, anunciou que distribuirá robôs para mais de 800 idosos. A intenção não é ajudar em tarefas domésticas e práticas, mas agir como assistentes digitais, como Siri ou Alexa, que facilitarão interações com seus familiares e acompanharão a sua rotina.
O projeto visa resolver um crescente problema de isolamento e solidão entre os idosos, onde cerca de 14 milhões de norte-americanos com mais de 65 anos vivem sozinhos. O robô distribuído foi construído pela empresa israelense Intuition Robotics e se chama ElliQ.
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Segundo diretor do Escritório do Estado de Nova York para o Envelhecimento (NYSOFA, sigla em inglês), Greg Olsen, ElliQ é uma “ferramenta proativa se concentra no que importa para os indivíduos: memórias, validação de vida, interações com amigos e familiares e promove boa saúde e bem-estar geral.”
O ElliQ possui duas partes presas em uma única base. A primeira é o “robô” que possui microfone e alto-falantes, além de ser flexível e acender para se referenciar a quem está falando. Já a segunda parte é composta por um tablet que exibe informações, fotos e realiza chamadas de vídeo.
(Fonte: Intuition Robotics/The Verge/Reprodução)Fonte: Intuition Robotics
Segundo a empresa, o robô consegue projetar empatia e formar laços com usuários, inclusive lembrar de detalhes importantes sobre a vida e moldar seu caráter para combinar com o do idoso. Apesar de estar em desenvolvimento há anos e ter passado por muitos testes, a implantação em quantidade será o teste final.
Polêmicas
Para o site The Verge, assim como a maioria dos temas relacionados a robôs, a implementação dos companheiros robóticos está dividindo opiniões. Segundo defensores, eles são uma ferramenta necessária quando humanos não estão disponíveis.
Já os críticos pedem mais cautela, visto que “as máquinas têm potencial para desumanizar seus usuários”, além de refletir o descaso com que a sociedade trata os idosos. Apesar dos estudos científicos que sugerem que os robôs sociais têm “potencial para melhorar o bem-estar de adultos mais velhos”, somente através de testes mais abrangentes será possível tirar conclusões.
Fontes