O presidente dos Estados Unidos Joe Biden afirmou nesta segunda-feira (23) que o seu governo está disposto a intervir militarmente em defesa de Taiwan se a ilha for invadida pela China. A declaração foi dada durante entrevista coletiva realizada em Tóquio, no Japão.
“Esse é o compromisso que assumimos”, respondeu o mandatário americano ao ser questionado se tomaria uma atitude diferente da que teve em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia. No leste europeu, ele optou por enviar milhões de dólares em armas e equipamentos para a defesa ucraniana.
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Nas últimas semanas, Pequim tem intensificado a realização de atividades militares nas proximidades da ilha localizada a pouco mais de 170 km de distância da costa chinesa, com o envio de aviões de guerra para lá. Ao mesmo tempo, o presidente Xi Jiping vem reforçando o desejo de reunificação com Taiwan.
Taiwan tem uma população de quase 24 milhões de habitantes.Fonte: Unsplash
Sobre esses exercícios, Biden destacou que a China “está flertando com o perigo” ao realizar tais manobras perto da ilha e ressaltou que o governo chinês não possui jurisdição para entrar à força no território taiwanês e assumir o país. O líder americano já havia prometido defender Taiwan de um ataque chinês em outubro do ano passado.
Resposta de Pequim
O Ministério das Relações Exteriores da China respondeu às declarações de Biden dizendo que ninguém deve subestimar a “vontade e capacidade do povo chinês de defender sua soberania nacional e integridade territorial”. Autoridades locais também teriam afirmado que os EUA estão “brincando com fogo” ao se intrometer nesta questão, segundo a agência Xinhua.
Existente desde 1979, a Lei de Relações com Taiwan não determina uma ação militar de Washington para defender a ilha em caso de invasão chinesa. No entanto, a legislação define que os EUA garantam recursos para que a administração taiwanesa se defenda e evite qualquer mudança unilateral relacionada a Pequim.
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