Mesmo com um fluxo de caixa livre de R$ 2,5 bilhões no primeiro trimestre, a operadora Vivo está defendendo um aumento de preço para os planos de clientes pré-pagos, controle e fibra óptica. Segundo a empresa, um reajuste nos preços dos serviços, já efetuado em planos de clientes pós-pagos, precisa alcançar também a base pré-paga da telefonia móvel.
Em uma teleconferência realizada na quarta-feira (11) para divulgar os resultados da marca comercial da Telefônica Brasil, o CEO da Vivo, Christian Gebara, afirmou que, mesmo levando-se em conta os atuais índices de inflação e que a receita dos serviços tenha crescido 4,7% no primeiro trimestre de 2021, ainda “há oportunidade para repricing”, leia-se aumento de tarifas.
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A justificativa do executivo é de que “esse é o segmento no qual o mercado não seguiu a inflação até agora”. Para ele, os preços têm sido “muito similares nos últimos anos”. Ao final, Gebara conclamou os competidores a adotarem a mesma prática. Um deles – a TIM – já prometeu um reajuste de tarifas.
Resultados da Vivo no primeiro trimestre de 2022
Fonte: Shutterstock/Reprodução.Fonte: Shutterstock
Em sua apresentação, Gebara reconheceu que, em serviços recorrentes, a Vivo já tem promovido reajustes de acordo com o vencimento contratual das ofertas. Tanto que foi graças às contribuições do pós-pago e da fibra óptica até a residência (FTTH) que a receita da operadora teve um crescimento trimestral recorde nos últimos sete anos: 4,6%, atingindo um valor de R$ 11,3 bilhões.
Porém, os efeitos da inflação também se fizeram sentir nos custos totais, que chegaram a R$ 6,8 bilhões, alta de 7% em relação ao período anterior. Para o CFO da empresa, David Melcon, embora essa tendência de alta de custos deva continuar no resto do ano, será acompanhada da criação de valor para os acionistas, haja vista a incorporação dos ativos móveis da Oi.
A Vivo detém 28% do mercado brasileiro de celulares pré-pagos, com cerca de 34 milhões de clientes.
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