O Twitter anunciou nesta quinta-feira (28) seus resultados fiscais do primeiro trimestre de 2022. Dias após concordar em ser vendida para o bilionário Elon Musk, a empresa informou crescimento de 16% na receita, que chegou a US$ 1,2 bilhão. Já a quantidade de usuários diários ativos passou de 214,7 milhões para 229 milhões (+15,9%), se comparada ao mesmo período de 2021.
A companhia também anunciou que seu lucro líquido no período foi de US$ 513 milhões, enquanto os custos e despesas atingiram US$ 1,33 bilhão (+23%). Já o prejuízo operacional, por sua vez, foi de US$ 128 milhões.
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Principal modelo de negócio, a receita de publicidade totalizou US$ 1,11 bilhão (+23%), enquanto as assinaturas e outras receitas totalizaram US$ 94 milhões (-31%).
O efeito Musk
No início da semana, ao anunciar o acordo realizado com Musk, o Twitter também “cancelou a teleconferência com executivos e analistas do setor que geralmente acompanha seus resultados”. A empresa disse que o cancelamento se deu pois as informações divulgadas anteriormente já traziam continham informações suficientes.
Elon Musk ofertou cerca de US$ 44 bilhões para comprar o Twitter.
Também por causa da aquisição, que ainda pode durar meses até ser concluída, o Twitter informou que não fornecerá detalhes sobre desempenho, metas futuras e perspectivas “fornecidas anteriormente”.
Nos últimos dias, o CEO Parag Agrawal disse, em reunião com funcionários da rede social, que o futuro da companhia ainda é incerto sobe o comando de Musk. A tensão também foi revelada em um áudio vazado da primeira reunião geral da companhia após a confirmação do acordo de venda, com diversos questionamentos ainda sem respostas concretas.
O bilionário ofertou cerca de US$ 44 bilhões pela compra do Twitter, sendo US$ 54,20 por ação. No total, o executivo deve desembolsar US$ 21 bilhões de patrimônio próprio e mais US$ 25,5 bilhões em empréstimos.
Acertando as contas
O Twitter também confirmou que passou os últimos três anos, do 1º trimestre de de 2019 ao 4º trimestre de 2021, contando de maneira incorreta a quantidade de usuários ativos. O erro se deu porque a empresa havia lançado, em março de 2019, um recurso para vincular contas separadas de um mesmo usuário, e assim passou a contá-las como “usuários” únicos.
A empresa confirmou que o erro foi capaz de inflar a quantidade real de usuários ativos em até 1,9 milhão por trimestre.
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