A Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) e a Associação Brasileira dos Atacadistas de Autosserviço (ABAAS) emitiram alertas à Mastercard, a primeira através de uma notificação extrajudicial e a segunda em um ofício. As duas principais representantes dos comércios varejista e atacadista reclamam de um reajuste da tarifa de intercâmbio que é cobrada pela operadora e repassada aos bancos emissores de cartões.
O aumento da tarifa, que já havia sido objeto de queixa apresentada pelos representantes do setor de e-commerce no mês passado, está previsto para o dia 22 de abril. De acordo com os comerciantes, o aumento chegará a 0,5% nas transações online via cartão feitas no débito, e 0,2% nas transações na função crédito. Os custos serão, naturalmente, repassados aos consumidores.
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Por que os comerciantes reclamam da Mastercard?
Fonte: Shutterstock/Reprodução.Fonte: Shutterstock
Na notificação extrajudicial da ABRAS, os supermercados reclamam textualmente de que a operadora de cartões não apresentou qualquer “justificativa econômica e jurídica” plausível para o aumento da taxa. Já os atacadistas, que só recentemente passaram a aceitar transações com cartões de crédito e débito, indicaram que vão “repensar” o uso da bandeira em suas vendas, por considerar o reajuste “inaceitável, abusivo, exorbitante e desproporcional”.
Em nota enviada ao colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, a Mastercard confirmou que atualizará a taxa no dia informado, "respeitando os limites estabelecidos pelo regulador" e que ela é paga "pelo adquirente ao banco do titular do cartão pelos serviços que ele fornece", não recebendo “nenhuma receita advinda de taxas de intercâmbio".
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