Um tribunal do Reino Unido confirmou nesta quarta-feira (20) a extradição do ativista Julian Assange para os Estados Unidos, onde ele deve ser julgado oficialmente. A decisão foi tomada pelo juiz distrital Paul Goldspring durante uma audiência.
Assange esteve presente via videoconferência, já que ele segue preso desde 2019 em uma instalação para condenados por ameaças à segurança nacional, enquanto apoiadores protestavam do lado de fora da corte.
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O caso agora está nas mãos da Secretária de Estado para Assuntos Internos, Priti Patel, que deve apenas confirmar a sentença. Os advogados do ativista tiveram mais um recurso negado recentemente, mas agora terão quatro semanas para submeter documentos e argumentações, além de ainda poderem levar o caso à Suprema Corte.
Relembre os casos
Assange é o fundador do projeto WikiLeaks, uma plataforma digital que reuniu documentos antes secretos com informações importantes sobre campanhas miliares e ações governamentais controversas — inclusive detalhes sobre políticos brasileiros.
Ele foi preso pela primeira vez na Inglaterra em 2010, acusado de crimes sexuais em um processo já arquivado. Já sob as acusações de espionagem, o ativista passou anos na Embaixada do Equador em Londres, até ser preso e ter a cidadania revogada.
Há dois anos, a equipe tenta adiar ou cancelar a extradição judicialmente. Caso seja de fato enviado para os Estados Unidos, Assange terá que encarar 17 acusações que incluem espionagem e utilização indevida de computadores. A pena pode chegar a 175 anos de prisão, segundo os seus advogados.
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