Desde que Elon Musk fez uma proposta para comprar o Twitter por US$ 43 bilhões (R$ 201 bilhões) na quinta-feira (14), muitas suposições e cenários têm sido levantados, inclusive a possibilidade de outros compradores entrarem no páreo. Porém, algo impensável, mas totalmente lógico, foi levantado pelo Business Insider nesta segunda-feira (18): será que o bilionário tem grana "no bolso" para comprar o Twitter?
A pergunta meio impertinente foi respondida pelo professor de marketing da Stern School of Business da Universidade de Nova York (NYU), Scott Galloway: não, “ele não pode pagar isso”, afirmou o especialista. A resposta foi dada durante um podcast chamado Pivot, da New York Magazine, que Galloway apresenta em conjunto com a jornalista de tecnologia Kara Swisher.
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Segundo o professor, também autor do livro “Pós-Corona: da crise à oportunidade”, embora o dono da Tesla e da SpaceX tenha uma fortuna em "dinheiro vivo" estimada pelo Billionaires Index da Bloomberg em US$ 2,95 bilhões, ele não tem como levantar a importância restante para a compra do Twitter em “cash”. A única solução viável seria um empréstimo, dando em garantia as ações da Tesla.
Fonte: Apple Podcasts/Divulgação.Fonte: Apple Podcasts
Por que Elon Musk teria que contrair um empréstimo com garantias?
Embora tenhamos uma tendência a pensar que qualquer instituição emprestaria dinheiro a um bilionário sem garantias, a verdade é que, como o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Tesla é de “apenas” US$ 4 bilhões no 4º trimestre de 2021, Musk teria que dar algum patrimônio em garantia.
No entanto, como nenhum banco sozinho iria querer se aventurar a bancar um empreendimento desse porte, a tendência, segundo Galloway, é que o bilionário tivesse que recorrer a um pool de instituições financeiras. Isso significa “enormes exigências de margem”, com um impacto negativo para as ações da Tesla, se estas fossem oferecidas para garantir um empréstimo de montante infinitamente menor do que o seu valor de face.
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