O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse no último sábado (16) que quer fazer uma reunião com os dirigentes do WhatsApp no Brasil para tratar sobre o acordo da plataforma com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O chefe do Executivo questiona sobre o porquê o WhatsApp lançará o recurso Comunidades, que cria grupos para milhares de pessoas, somente no ano que vem no Brasil (outros países já estão recebendo a ferramenta). O mensageiro realizou um acordo com o TSE para disponibilizar a funcionalidade somente após as Eleições 2022, já que ela poderia facilitar a divulgação de fake news eleitorais.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
"Se eles [do WhatsApp] podem fazer um acordo desses com o TSE, podem fazer comigo também, por que não? Pode fazer com você, pode fazer com qualquer um. No Brasil, ou um produto está aberto a todo mundo ou tem restrição para todo mundo”, justificou Bolsonaro para a CNN.
Crítica recorrente
No dia anterior, na sexta-feira (15), o presidente já havia criticado a negociação entre WhatsApp e TSE. Durante uma motociata em São Paulo, ele disse para os seus apoiadores que o acordo não tem validade.
“Isso que o WhatsApp está fazendo no mundo todo, sem problema. Agora, abrir uma excepcionalidade para o Brasil, isso é inadmissível, inaceitável, e não vai ser cumprido, este acordo que por ventura eles realmente tenham feito com o Brasil, com informações que eu tenho até o presente momento”, falou durante discurso.
Bolsonaro reiterou as críticas argumentando que o WhatsApp não lançar as Comunidades no Brasil neste momento é “censura” e “discriminação”. Apesar disso, o presidente não falou sobre como irá interferir na negociação entre uma entidade privada e o Poder Judiciário.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Fontes
