Se os jogos NFTs licenciados têm se caracterizado pela velocidade com a qual desaparecem repentinamente, imagine um da Fórmula 1. Pois foi exatamente um dos pioneiros nesse setor, o F1 Delta Time. Lançado em 2019 com a participação de milhares de investidores, o projeto foi suspenso de forma abrupta, deixando muitos proprietários de carros comprados virtualmente por até R$ 500 mil a ver navios, ou carros milionários sem ter aonde ir.
Lançado pela Animoca Brands, também dona do badalado The Sandbox, o F1 Delta Time foi um dos primeiros games a utilizar sistemas de criptografia e tokens não fungíveis (NFTs), além de licenciado pela marca “Fórmula 1”. Porém, depender da constante aprovação de uma marca, principalmente famosa, para existir faz com que o jogo fique sempre na dependência dos donos do branding, atualmente a Liberty Media.
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Dessa forma, os investidores do jogo NFT da Fórmula 1 foram tomados de surpresa no dia 15 de março, quando o ecossistema de jogos de automobilismo blockchain Revv Motorsport publicou no site Medium o anúncio do fim do jogo no dia seguinte. Não houve tempo sequer para esboçar a venda de algum carro, alguns cotados em mais de R$ 1 milhão, para diminuir o prejuízo.
Revv promete "recompensas" aos donos de NFTs
Fonte: Revv Motorsport/Divulgação.Fonte: Revv Motorsport
Tentando contemporizar os ânimos dos jogadores que, além disso, são investidores com perda total do dinheiro, a Revv Motorsport, que também pertence à Animoca Brands, prometeu “recompensas” para os donos de NFTs do F1 Delta Time.
“Estamos tomando medidas para oferecer aos jogadores e detentores de ativos, maneiras de participar do ecossistema Revv Motorsport mais amplo, que inclui MotoGP Ignition, Fórmula E: High Voltage, Revv Racing e Torque Drift”, diz a nota publicada. A solução, que é como trocar a Red Bull do Max Verstappen por uma moto, ainda não foi bem digerida pelos investidores.
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