O iFood anunciou, nesta sexta-feira (18), que aumentará em 50% o valor mínimo por km rodado para os entregadores, que saltou de R$ 1 para R$ 1,50. Além disso, a rota mínima, que é o valor mínimo pago aos entregadores em uma entrega, passou de R$ 5,31 para R$ 6.
De acordo com a empresa, os novos preços entram em vigor a partir de 2 de abril e beneficiarão os entregadores ativos do aplicativo em todo o Brasil e de todos os modais. A companhia disse que os reajustes vão impactar 50% das rotas que atualmente são feitas de moto e 70% das entregas realizadas com bicicletas.
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Claudia Storch, diretora de operações do iFood, disse que a atualização na política de preços é uma forma de “valorizar o trabalho dos nossos parceiros”. Ela defendeu que os novos valores são condizentes com o que as entidades representativas dos trabalhadores estavam considerando ideal.
“[Os reajustes] foram as principais demandas que ouvimos dos entregadores por meio de pesquisas, da escuta e no 1º Fórum de Entregadores do Brasil, que realizamos em dezembro de 2021 com as lideranças da categoria. Por essas formas de escuta, e acompanhando o cenário macroeconômico, entendemos que aumentar os ganhos era a preocupação número um entre eles”, pontuou.
Storch afirmou que aumentar os ganhos dos parceiros do app era urgente principalmente por causa de fatores como a inflação e do último aumento dos combustíveis. Ela explicou que os valores serão avaliados periodicamente para verificar se será preciso novos reajustes.
“Com o aumento, os entregadores que trabalham 169 horas mensais vão passar a ganhar R$ 3.020 brutos por mês, mais do que 89% da população brasileira. Nesse caso, o ganho médio líquido por hora logada passa a ser 2,5 vezes superior ao do salário-mínimo e fica 33% acima do teto dos motofretistas”, exemplificou.
Diminuição nos lucros
A diretora de operações do iFood acrescentou, em entrevista ao Tilt, que não haverá aumento nas taxas pagas pelos clientes e nem pelos estabelecimentos. Além disso, a executiva pontuou que a viabilidade financeira do reajuste se deu porque a plataforma reavaliou os próprios custos internos e deve ter uma diminuição nos lucros.
Nos próximos 12 meses, a marca de delivery prometeu que vai repassar mais de R$ 3,2 bilhões aos parceiros entregadores.