Cada vez mais em alta, os tokens não fungíveis (NFTs) bateram recordes de vendas em 2021, alcançando uma receita total de US$ 17,6 bilhões, o equivalente a R$ 88,3 bilhões pela cotação atual. É o que revela o relatório anual divulgado nesta quinta-feira (10) pelo Nonfungible.com.
Segundo a empresa especializada em dados sobre a tecnologia, as vendas de NFTs em 2021 representaram um aumento gigantesco em comparação com as negociações de 2020, quando o mercado movimentou “apenas” US$ 82 milhões (R$ 411 milhões). O crescimento foi de 21.000%.
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Uma das vendas de maior destaque do ano passado foi a da peça “Everydays - The First 5000 Days”, criada pelo artista digital Mike Winkelmann, também conhecido como Beeple. O token, que reúne diversos desenhos criados durante anos pelo designer em uma colagem, foi arrematado por US$ 69 milhões (R$ 346 milhões), tornando-se o NFT mais caro da história, até o momento.
Dados de vendas de NFTs nos últimos três anos.Fonte: Nonfungible.com/Divulgação
Ainda conforme a pesquisa, os NFTs colecionáveis foram os mais lucrativos no período, representando US$ 8,4 bilhões (R$ 42,1 bilhões) em vendas, seguidos pelos NFTs de jogos, com US$ 5,2 bilhões (R$ 26 bilhões). As vendas de terrenos digitais e outros tipos de projetos no metaverso também se destacaram, rendendo US$ 514 milhões (R$ 2,5 bilhões).
E para 2022?
Embora o valor médio das negociações de NFTs por semana esteja ligeiramente superior ao registrado no último trimestre de 2021, o movimento anterior pode não se repetir. Em entrevista à CNBC, o cofundador do Nonfungible.com, Gauthier Zuppinger, disse que “o volume de vendas não deve crescer tão dramaticamente este ano”.
De acordo com ele, há menos compradores e uma menor quantidade de vendas no momento, o que pode ter sido motivado pela especulação e a perda de interesse nos itens colecionáveis. Por outro lado, o valor de alguns ativos continua a aumentar, devendo atrair mais grandes empresas para este mercado.
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