Nubank completa três meses na bolsa: como estão as ações hoje?

Há três meses, o Nubank estreava na Bolsa de Valores brasileira (B3), um dia após chegar à Bolsa de Nova York (NYSE). Na época, o banco realizou uma grande campanha de incentivo para os clientes investirem na companhia, distribuindo BDRs para mais de 7,5 milhões de clientes com o programa NuSócios.

Com uma estreia positiva na bolsa, o Nubank se tornou o banco mais valioso da América Latina, valendo US$ 41,5 bilhões (aproximadamente R$ 230 bilhões) em dezembro. O valor da fintech superou gigantes do mercado, como o Itaú Unibanco.

O banco digital brasileiro precificou seus "pedacinhos" em R$ 8,36 para a estreia na B3. Logo após a estreia, os papéis tiveram alta e chegaram a valer R$ 11,46 — segundos dados do Nu Invest, o pico alcançado pelos BDRs da companhia foi de R$ 11,96, ainda em dezembro do ano passado.

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Valor das ações caiu mais de 30% desde dezembro (Reprodução/InfoMoney)

Como estão as ações atualmente

Apesar dos bons números na estreia, atualmente a situação está diferente. Em janeiro, após as ações despencarem em 35%, o valor da fintech caiu para US$ 35,6 bilhões. A queda fez o banco perder o posto de mais valioso na América Latina para o Itaú, além de quase empatar com o Bradesco (US$ 34,9 bilhões) em valor de mercado.

Seguindo a queda das ações, a cofundadora do Nubank, Cristina Junqueira, também saiu da lista de bilionários do Brasil, que fazia parte desde dezembro com a estreia do banco digital na bolsa. A fortuna da executiva passou de cerca de US$ 1,3 bilhão para US$ 900 milhões.

Atualmente, as ações do Nubank são comercializadas por um valor que está consideravelmente abaixo do pico alcançado em sua semana de estreia. Na quinta-feira, o mercado fechou com os pedacinhos valendo em torno de R$ 6,61.

• Valor das ações no IPO: R$ 8,36
• Maior valor das ações: R$ 11,96 (dezembro/2021)
• Menor valor das ações: R$ 5,75 (março de 2022)
• Valor atual: R$ 6,61 (9 de março de 2022)

As notícias para o banco, no entanto, não são totalmente negativas, já que a fintech teve em 2021 o primeiro lucro anual de sua história. Foram registrados US$ 6,6 milhões (equivalente a R$ 33 milhões na cotação atual) de lucro líquido.

Com o valor, a empresa conseguiu reverter o prejuízo de US$ 26,8 milhões (R$ 134 milhões) registrado em 2020. Além disso, a receita anual da empresa bateu recorde, com US$ 1,7 bilhão (R$ 8,5 bilhões) em 2021, um aumento de 130,4% em comparação com 2020.