No conjunto de esforços para que as criptomoedas não sejam usadas para burlar as sanções econômicas impostas à Rússia pela invasão à Ucrânia, a Coinbase, casa de câmbio digital estabelecida em São Francisco, nos EUA, anunciou na segunda-feira (7) em seu blog o bloqueio de mais de 25 mil endereços vinculados a cidadãos ou entidades russas supostamente envolvidos em atividades ilícitas.
Assinada pelo diretor jurídico da exchange, Paul Grewal, a postagem esclarece que essa multidão de operadores não está especificamente relacionada com a guerra em curso no leste europeu, sendo que a maioria dos endereços foi identificada antes do início do conflito. De acordo com o executivo, não houve sequer aumento de movimentações suspeitas após o fatídico dia 24 de fevereiro.
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No entanto, explica Grewal, todos os endereços foram compartilhados com o governo norte-americano também no sentido de apoiar a aplicação das sanções à Rússia. A ideia é que a Coinbase desempenhe um claro papel de apoio às "sanções econômicas críticas" contra indivíduos e entidades com ligações com os invasores.
Como a Coinbase pretende evitar uma evasão de recursos digitais?
Fonte: Shutterstock
Segundo a Coinbase, a identificação das contas suspeitas de tentar ludibriar as sanções econômicas foi feita através das suas próprias "investigações proativas". Em complemento ao bloqueio e à denúncia às autoridades dos EUA, a exchange está adotando procedimentos para impedir o acesso aos atores suspensos, detectar tentativas de evasão e antecipar ameaças. Isso envolve até mesmo o rastreamento de endereços IP de determinadas regiões.
Apesar da cautela, a própria postagem de Grewal reconhece que os riscos de uma evasão de recursos nessa área seriam limitados pela própria tecnologia da criptografia. Para a Coinbase, “os ativos digitais têm propriedades que naturalmente impedem abordagens comuns à evasão de sanções”, principalmente porque, além de rastreáveis, os sistemas blockchain são permanentes e imutáveis.
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