A Amazon.com anunciou, na quarta-feira (2), o fechamento de todas as suas 68 livrarias físicas, além de lojas de brinquedos, pop-ups (lojas conceito) e de artigos para o lar instaladas nos EUA e Reino Unido. Isso significa que a gigante do ecommerce está encerrando de vez algumas de suas experiências de varejo mais antigas.
A primeira livraria física da marca, que funcionava inicialmente em uma garagem da casa de Jeff Bezos, só ocorreu em Seattle em 2015, vinte anos depois de a empresa ter se estabelecido como a maior distribuidora de livros online – e de milhões de outros itens – do planeta. Além das livrarias, a atual multinacional de tecnologia fez outros experimentos como lojas de conveniência sem caixas e as 4-stars que só vendem produtos populares.
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De acordo com a Reuters, que divulgou em primeira mão o fechamento das lojas, a ideia da Amazon é concentrar seus investimentos de varejo apenas em sua rede de supermercados, a Amazon Fresh, e nas lojas de departamentos Amazon Go.
Por que a Amazon fechou suas livrarias físicas?
Fonte: Amazon/ReproduçãoFonte: Amazon
Para explicar o motivo da mudança, o analista da Wedbush Securities, Michael Pachter, fez uma analogia no site britânico. Pare ele, continuar vendendo livros em livrarias seria, para a Amazon, o mesmo que a Tesla, maior fabricante de carros elétricos, investir em postos de gasolina.
Para Pachter, é provável que Andy Jassy, o novo CEO da Amazon, tenha feito essa associação assim que assumiu o cargo em julho do ano passado, ao examinar os números das vendas. Vítimas talvez do próprio crescimento online da empresa durante a pandemia da covid-19, as lojas físicas tiveram uma receita de apenas 3% dos US$ 137 bilhões (cerca de R$ 700 bilhões) das vendas totais no último trimestre.
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