Cumprindo as exigências do governo de Vladimir Putin, a Apple abriu um escritório de representação local na Rússia, tornando-se a primeira empresa de tecnologia americana a ceder às novas regras. De acordo com a agência de notícias Tass, a filial foi inaugurada no início de fevereiro.
Em 2021, o Roskomnadzor, órgão regulador do setor de comunicações do país, passou a exigir que as companhias estrangeiras de tecnologia com mais de 500 mil usuários tenham algum tipo de representação no território russo. Além da Maçã, Google, Facebook, Twitter, TikTok e Telegram são algumas das outras organizações afetadas.
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A medida entrou em vigor no início deste ano, mas até agora somente a gigante de Cupertino se adequou a legislação atualizada. Dessa forma, a dona do iPhone evita uma série de sanções que podem ser aplicadas pela agência reguladora, incluindo restrições na transferência de dinheiro, publicidade e coleta de dados.
A Apple já tinha representação na Rússia, mas apenas para trabalhos de suporte e contatos com desenvolvedores.Fonte: Unsplash
O descumprimento da regra pode levar ainda à proibição total da presença da empresa afetada em solo russo. Neste caso, a firma ficaria impedida de oferecer e/ou comercializar seus produtos no país e de prestar suporte aos usuários e clientes, entre outras coisas.
Impactos do conflito na Ucrânia
Com a invasão da Ucrânia pelas tropas russas na quarta-feira (23), não se sabe qual a situação do escritório da Apple na Rússia, pois as sanções do governo dos Estados Unidos a Moscou podem afetar os negócios da marca e de outras empresas no país. Até o momento, não foi informado se a filial está funcionando ou fechada.
I am deeply concerned with the situation in Ukraine. We’re doing all we can for our teams there and will be supporting local humanitarian efforts. I am thinking of the people who are right now in harm’s way and joining all those calling for peace.
— Tim Cook (@tim_cook) February 25, 2022
Em meio as tensões no continente europeu, o CEO da Maçã Tim Cook afirmou que está “profundamente preocupado com a situação na Ucrânia”. Por meio de seu perfil no Twitter, o executivo disse que a companhia tem apoiado os esforços humanitários na região.
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