A Amazon anunciou nesta terça-feira (22) que abriu processos contra duas empresas acusadas de fraudar críticas no sistema de avaliação da loja.
Segundo a companhia, a AppSally e a Rebatest "ajudavam a enganar compradores por fazer seus membros postarem resenhas falsas" em lojas online que incluem não apenas a Amazon, mas também Walmart e eBay.
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Ao terem notas altas e muitos comentários positivos, as lojas não só ganhavam credibilidade para futuras vendas que fossem verdadeiras, mas acabavam saltando no ranking de recomendação e podiam até entrar como destaques nas páginas iniciais da Amazon.
Como funciona o esquema?
As empresas em si não publicavam nada, mas ajudavam a conectar as lojas interessadas e os usuários dispostos a participar. Na fraude, a pessoa publicava uma crítica positiva ao produto (e dava cinco estrelas, claro) sem nunca ter comprado ou usado o item. Para fingir que o usuário comprou mesmo algo, o vendedor enviava uma caixa vazia e algumas fotos que ele mesmo tirou para serem publicadas como prova. Em troca, ele recebia um pagamento ou amostras grátis.
Essa não é a primeira vez que a Amazon toma medidas contra esse tipo de esquema. Em 2015, ela já tomou atitudes jurídicas contra usuários. Já nos últimos dois anos, ela desmantelou uma atividade que envolvia mais de 200 mil pessoas e removeu mais de 20 mil avaliações de produtos detectadas como falsas.
Entretanto, dessa vez o golpe era muito mais elaborado e envolvia uma quantidade recorde de pessoas: a empresa estima que 900 mil usuários já haviam escrito resenhas falsas na loja em troca de um pagamento ou produto.
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