Mais um capítulo da briga Meta versus Europa. Desta vez, ministros alemães e franceses afirmaram em coletiva de imprensa, na última segunda-feira (7), que viveriam "muito bem sem o Facebook". A fala é uma resposta à ameaça dada pela empresa de Mark Zuckerberg, que indicou a possibilidade de deixar de oferecer as redes sociais Facebook e Instagram em todo o continente europeu.
“Após ser hackeado, vivi sem Facebook e Twitter por quatro anos e a vida tem sido fantástica”, comentou o ministro da Economia alemão Robert Habeck. "A União Europeia tem um mercado interno tão grande com tanto poder econômico que, se agirmos em unidade, não seremos intimidados por algo assim”, disse aos repórteres.
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O ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, acrescentou: “Posso confirmar que a vida é muito boa sem o Facebook e viveríamos muito bem sem isso. Os gigantes digitais devem entender que o continente europeu resistirá e afirmará sua soberania."
Entenda o caso
Tudo começou com uma recente lei europeia que deve proibir ou limitar o armazenamento, processamento e compartilhamento de dados gerados no continente por servidores estrangeiros.
As redes sociais Facebook e Instagram são alvo de mais uma polêmica envolvendo o continente europeu.
Assim, a lei deve impactar diretamente os serviços da Meta, que cruza os dados para disponibilizar anúncios personalizados aos usuários. "Nós possivelmente podemos ser impedidos de oferecer uma quantidade de nossos serviços e produtos mais significativos na Europa, incluindo Facebook e Instagram", diz o relatório enviado pela companhia ao Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador e fiscalizador dos Estados Unidos.
"Se não estivermos aptos a transferir dados entre e por continentes ou regiões em que operamos, ou se houver restrição em compartilhar dados entre nossos produtos e serviços, isso pode afetar a habilidade de garantir nossos serviços", disse a Meta.
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