O controlador do estado de Nova York Thomas DiNapoli, que chefia o fundo de pensão americano detentor de ações do Spotify, exigiu da plataforma de streaming explicações sobre a eficácia de suas novas regras de moderação de conteúdo, conforme relata a Reuters nesta segunda-feira (7). A cobrança surgiu após as polêmicas envolvendo o podcaster Joe Rogan.
Na carta enviada ao CEO da empresa Daniel Ek, DiNapoli menciona conteúdos hospedados no serviço que incluem fake news relacionadas à vacina contra covid-19 e material racista e antissemita. Ele também pediu ao Spotify que forneça aos usuários ferramentas de fácil acesso para denunciar esse tipo de conteúdo.
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“Como vimos em outras empresas de tecnologia e mídia que hospedam ou publicam conteúdo, a falha em moderar com sucesso o conteúdo nas plataformas de uma empresa pode levar a vários riscos de reputação, regulatórios, legais e financeiros”, escreveu o controlador. Os fundos supervisionados por ele detêm US$ 41 milhões em ações da companhia.
O podcast de Joe Rogan está no centro das polêmicas envolvendo o Spotify.Fonte: Spotify/Divulgação
Até o momento, a gigante do streaming não comentou sobre o pedido, que foi feito pelo investidor na quarta-feira (2), segundo a agência de notícias. Em relação à polêmica, Ek disse recentemente que “silenciar o podcast de Rogan não é a resposta”, confirmando a permanência do apresentador.
Episódios removidos
Embora o cofundador da plataforma tenha defendido o podcaster, mais de 100 episódios do programa foram removidos do streaming no sábado (5), após Rogan postar um pedido de desculpas pelo uso de palavras e insultos racistas. Conforme a Bloomberg, a exclusão teria partido do próprio apresentador.
Na última semana, a empresa anunciou que vai adicionar um aviso em todos os conteúdos que contenham discussões a respeito da covid-19. Além disso, revelou a criação de novas regras referentes a materiais que incitem a violência ou ódio contra pessoas ou grupos com base em raça, religião, identidade ou expressão de gênero.
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