Um serviço de comparação de preços e compras online da Europa abriu um processo contra o Google por supostas práticas anticompetitivas de mercado.
A acusação veio da PriceRunner, uma plataforma nascida na Suécia. Segundo a companhia, o Google agiu de forma ilegal ao promover com destaque o serviço de compras e comparação de preços, o Google Shopping, como principal resultado no próprio buscador da marca. Dessa forma, rivais eram deixados de lado quando consumidores procuravam uma plataforma parecida.
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A empresa busca uma condenação em forma de multa de 2,1 bilhões de euros — cerca de R$ 12,7 bilhões em conversão direta de moeda — como "compensação pelos danos que a Google causou durante vários anos" e "como uma luta pelos consumidores que sofreram bastante com as infrações das leis de concorrência".
Pegando carona
Apesar de envolver acusações que datam de mais de uma década, o processo da PriceRunner tem um contexto para ser oficializado só agora.
Em novembro de 2021, o Google perdeu um recurso no Tribunal Geral da União Europeia após anos de análise de recursos e teve oficializada uma multa de 2,42 bilhões de euros por práticas anticompetitivas de mercado que incluíam o uso da aba Shopping e os resultados de pesquisa em comércio eletrônico.
Além do precedente jurídico, a comissão julgadora ainda liberou a abertura de processos de empresas que tenham se sentido prejudicadas — ou seja, outras companhias podem seguir o mesmo caminho em breve. Segundo a PriceRunner, a ação judicial deve "levar vários anos" até ser resolvida.
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