A chinesa Xiaomi, terceira maior fabricante de celulares do mundo, irá começar a produzir seus smartphones na Terra do Fogo, na Argentina, em breve. Divulgada pelo jornal portenho Página/12, a informação foi atribuída a funcionários do governo que acompanham a visita do presidente argentino Alberto Fernandez à Rússia, China e Barbados.
Segundo a publicação, o investimento milionário no arquipélago fronteiriço com o Chile deverá ser anunciado oficialmente dentro de 60 dias. A introdução desse tipo de investimento na América do Sul representa uma abordagem inédita na região, tendo em vista que a grande maioria das fábricas de smartphones fica geralmente restrita a países asiáticos, como a Tailândia, Índia e à própria China.
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O Redmi Note 10 5G foi o primeiro modelo a chegar à Argentina. (Fonte: Xiaomi/Divulgação.)Fonte: Xiaomi
A Xiaomi na Argentina
Quando a Xiaomi desembarcou na Argentina, no meio do ano passado, o objetivo da empresa era comercializar o seu Redmi Note 10 5G, um dispositivo intermediário com preço abaixo dos 80 mil pesos (modelos inferiores a R$ 4 mil). O primeiro lote a chegar no país, e na América Latina, consistia em 100 mil unidades, vendidas pouco mais de duas semanas após o lançamento oficial do dispositivo na China.
O sucesso foi tão grande, que já no início de agosto de 2021 a chinesa passou a vender no país mais dois modelos: o Redmi Note 10S, com câmera quádrupla, processador MediaTek Helio G95 e tela AMOLED com Full HD+; e o Redmi Note 10 Pro, com câmera de 108 MP e processador Snapdragon 732G. A combinação de preço, especificações técnicas e baterias superiores a 5.000 mAh, transformaram os modelos em campeões de venda instantâneos.
A Etercor, empresa argentina responsável pela distribuição dos produtos da Xiaomi no pais, deve também iniciar a produção dos equipamentos, pois é dona de uma fábrica da Solnik, que fabrica no continente produtos da finlandesa HMD Global, a desenvolvedora dos dispositivos da marca Nokia.
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