O empresário e investidor Eduardo Saverin não é mais o brasileiro mais rico do mundo. Ao menos momentaneamente, ele agora ocupa o segundo lugar — e o culpado por isso é o Facebook, mesma plataforma que o tornou bilionário originalmente.
De acordo com o ranking mantido pela revista Forbes, Saverin perdeu US$ 4,6 bilhões (cerca de R$ 24,31 bilhões em conversão direta de moeda) de sua fortuna — ou 25,58% — nos últimos dias.
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Com isso, o empresário Jorge Paulo Lemann, da Ambev e da 3G Capital, toma a liderança com um valor total de US$ 16,1 bilhões em patrimônio. Saverin, que tem 39 anos e mora há anos em Singapura, conquistou o posto em julho de 2021 ao ultrapassar o próprio Lemann. Com a queda, ele passa a ter US$ 13,3 bilhões acumulados no momento da publicação desta matéria.
O que aconteceu?
O motivo para a queda na fortuna do brasileiro é o desempenho da Meta, atual dona do Facebook. Em recente relatório financeiro, a companhia apresentou a primeira queda na taxa de usuários diários ativos da história da rede social, além de outros números abaixo do esperado por motivos que vão desde o desinteresse cada vez maior dos usuários até perdas por mudanças no iOS.
Como resultado, as ações da Meta despencaram em cerca de 20% — e o próprio CEO e cofundador do conglomerado, Mark Zuckerberg, também perdeu US$ 29 bilhões.
Saverin é um dos principais acionistas da Meta, por ter participado da criação da rede social como cofundador. Entretanto, após disputas internas com Zuckerberg, o brasileiro foi afastado da empresa e até teve a participação diluída. Ele processou o ex-colega e saiu com um acordo de valores não divulgados, além de uma porcentagem de ações no Facebook quando o serviço ainda não era um dos gigantes da tecnologia mundial.
Como o dinheiro está bastante vinculado a um desempenho de mercado ações, entretanto, é possível que tanto o brasileiro quanto Zuckerberg recuperem, ao menos parcialmente, o dinheiro.
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