E-commerce é fundamental para qualquer tipo de negócio em 2022

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Já vivemos o suficiente durante os dois últimos anos para entender que o digital faz parte da vida do brasileiro. Não só isso, mas também se tornou claro que estratégias digitais valem a pena — é só observar todas as grandes marcas e o quanto elas investem na área. Isso inclui uma série de ações, e um dos pontos mais importantes é o varejo online.

O e-commerce já havia crescido mais de 70% em 2020, segundo o índice MCC-ENET, e gerado um volume de faturamento de R$ 87 bilhões, segundo a Ebit/Nielsen. Em 2021, o primeiro semestre já bateu recordes ao atingir R$ 53,4 bilhões em vendas, conforme dados do relatório mais recente da Ebit/Nielsen até o momento. Em número de pedidos, esse valor corresponde a cerca de 100 milhões.

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Portanto, além de mais pessoas descobrindo as vantagens das compras virtuais, os consumidores que já conheciam se mantiveram ativos. Seguindo essa inclinação, a expectativa do mercado é que o crescimento continue, mesmo que de forma tímida.

O fato é que o sucesso do e-commerce não depende apenas do isolamento social que a pandemia nos obrigou a adotar, por mais que esse tenha sido um grande pontapé.

As lojas virtuais já estavam bem encaminhadas e com clientes fidelizados, e o “segredo” é justamente a fidelização. O e-commerce não costuma recuar, pois tem um público dedicado e, de certa forma, até apegado.

Todo esse potencial foi fortemente explorado durante o ano passado, resultando em ações de grande impacto, de investimentos e aquisições até iniciativas logísticas. Alguns exemplos são a inclusão do serviço SEDEX Hoje pelos Correios, que oferece entrega de encomendas no mesmo dia de envio; a compra da KaBuM! pelo Magalu em uma transação bilionária; e o plano do Carrefour de dedicar até 3 bilhões de euros para o setor de e-grocery.

E-commerceFonte: Shutterstock

Em 2022, algumas tendências ajudam o mercado a pensar em estratégias para acompanhar a evolução natural do e-commerce. Entre elas estão:

Compras mobile

Continuando no último relatório da Ebit/Nielsen, o primeiro semestre de 2021 mostrou que mais da metade do número de pedidos do e-commerce no Brasil (bem como o faturamento) foram realizados via aparelhos móveis. Em outras palavras, lojas e marketplaces otimizados para o acesso mobile são necessários para garantir pelo menos metade dos resultados.

Meios de pagamento variados

Ainda que alguns meios de pagamento mais tradicionais continuem fortes e devam ser mantidos, o ambiente digital permite uma variedade de opções que — cada vez mais — é esperada pelo consumidor. Segundo um levantamento do Opinion Box em parceria com o Banco BS2, 74% dos empreendedores identificaram o Pix como o principal método utilizado pelos consumidores, acima até mesmo de cartões de crédito e débito.

Vale lembrar que o Pix só existe há pouco mais de um ano, o que mostra a facilidade com que uma novidade pode se espalhar. Recomendo também ficar de olho nas eWallets, ou carteiras digitais — locais em que é possível guardar dinheiro e realizar transações exclusivamente na loja em questão. AC & A C&A já introduziu essa possibilidade com o C&A Pay, por exemplo.

Omnichannel e multimídia

A internet é um campo de concorrência e é difícil ser percebido. A melhor maneira de começar a se destacar é com estratégias omnichannel. Resumidamente, é como fazer com que a empresa esteja em todo lugar: nas redes sociais, nos anúncios do Google, no site e até em pontos físicos. Se existe uma loja física, aproveite-a também para divulgar o e-commerce, isso pode gerar ótimos resultados combinados.

Também é uma boa ideia aproveitar canais multimídia para se fazer presente de diferentes formas, como vídeo, imagem, texto, áudio e o que mais for possível.

Tecnologia: IA e RA

Por falar em concorrência, alguns diferenciais têm potencial para alavancar o e-commerce, e as tendências em todo o varejo apontam para o uso de tecnologia. Nesse caso, vale atentar para a inteligência artificial (IA), com possíveis aplicações na comunicação e na personalização de experiência; e também para a realidade aumentada (RA), que permite ao usuário visualizar os produtos de maneira até então inédita. Essa solução em particular vem sendo observada em lojas de roupas e de materiais para a casa (tintas, principalmente).

Outras tendências vêm surgindo e devem continuar aparecendo ao longo do ano, especialmente em segmentos específicos. Mas independentemente das novidades que façam sentido para um ou outro público-alvo, já sabemos que o e-commerce é essencial para o varejo como um todo. O brasileiro já se tornou adepto frequente das compras online — falta só as empresas acompanharem o mesmo ritmo.

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André Palis, colunista do TecMundo, trabalhava no Google antes de empreender. Fundou a Raccoon em 2013, em São Carlos, importante polo de tecnologia do Estado de São Paulo, e em 8 anos adquiriu a carteira de grandes players do mercado, como Vivara, Natura, Leroy Merlin e Nubank. Em 2013, notou um gap no mercado digital, pediu demissão da Google e, ao lado de Marco Túlio Kehdi, fundou a Raccoon, uma agência full service que atua como parceira estratégica em toda a cadeia digital. Em 2021, a Raccoon passou por um processo de fusão e agora faz parte da holding global S4 Capital e em 2022 alterou seu nome para Raccoon.Monks

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