Uma criptomoeda chamada omicron (OMIC), com o mesmo nome da nova variante do coronavírus descoberta no continente africano, apresentou grande valorização neste fim de semana. O fenômeno ocorreu após a Organização Mundial da Saúde (OMS) denominar a cepa B.1.1.529 do Sars-CoV-2 como ômicron na sexta-feira (26).
Conforme dados da CoinGecko, a desconhecida moeda digital homônima à nova variante do vírus causador da covid-19 era negociada a US$ 70 na madrugada do dia 26, o equivalente a R$ 393 na cotação atual, em conversão direta. Já no domingo (28), a OMIC estava sendo vendida a US$ 711 (R$ 3,9 mil).
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Dando sequência à variação extrema dos últimos dias, o criptoativo chegou a ser negociado hoje (29) a US$ 371 (R$ 2,08 mil), o que também representa um grande salto em relação ao valor um dia antes do anúncio da OMS. Na quinta-feira (25), cada OMIC valia US$ 65 (R$ 364).
Mercado cripto foi afetado pelas novas preocupações em relação ao coronavírus, mas já começa a se recuperar.Fonte: Shutterstock
Não há uma razão aparente para a disparada dessa criptomoeda, a não ser o fato de ela ter o mesmo nome da variante ômicron do coronavírus, segundo especialistas. Apesar da semelhança, o dinheiro virtual não tem qualquer relação com a cepa do vírus que vem causando preocupação em todo o mundo.
Ganhando fama
Provavelmente surgida como homenagem à 15ª letra do alfabeto grego, a criptomoeda omicron foi lançada em novembro e era praticamente desconhecida do grande público. Integrante de um projeto baseado em títulos de yeld farming, ela utiliza um protocolo descentralizado de moedas na rede Arbitrum.
Os primeiros registros de negociações da moeda surgiram no CoinGecko em 8 de novembro. A plataforma indica que 62% dos usuários consideram a OMIC uma boa opção de investimento, embora seu mercado ainda seja muito pequeno.
Ela é negociada atualmente por meio de títulos tokenizados nas bolsas SushiSwap e Arbitrum One. No momento, há pouco mais de US$ 671 mil depositados nos protocolos da omicron, que não tem ligação com outro projeto de nome parecido e usa o código OMC, surgido em 2016, de acordo com a Reuters.
Fontes
Categorias