O estúdio cinematográfico Miramax anunciou a abertura de um processo judicial contra o diretor Quentin Tarantino. O motivo é o projeto do cineasta de lançar tokens não-fungíveis (NFTs) baseados em Pulp Fiction, sucesso dirigido por ele e distribuído pela companhia.
Anunciados no início de novembro deste ano, os NFTs de Tarantino são sete trechos do roteiro do longa-metragem nunca antes vistos e escritos à mão pelo diretor, além de comentários também inéditos sobre bastidores e segredos da produção. Somente o dono do arquivo será capaz de abrir o seu conteúdo, que é produzido pela plataforma de blockchain Secret Network.
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O banner de anúncio das NFTs do diretor.Fonte: Secret Network
O processo da Miramax é uma carta no estilo cease and desist, para que Tarantino encerre a comercialização dos tokens por quebra de contrato e infração de direitos autorais. O estúdio alega que não foi consultado para a criação do projeto, enquanto o diretor afirma que possui os direitos sobre a publicação ou comercialização do roteiro. "Esse grupo escolheu ignorar de forma gananciosa, intencional e imprudente o acordo que Quentin assumiu em vez de seguir os passos legais e éticos de simplesmente comunicar a Miramax sobre as ideias propostas", diz o comunicado.
Entretanto, a empresa fundada pelos irmãos Harvey e Bob Weinstein também afirma que ela mesma quer lançar NFTs baseados no filme — e o projeto de Tarantino, que foi anunciado primeiro, poderia comprometer essa empreitada.
Lançado em 1994, Pulp Fiction é considerado um clássico cult tem no elenco nomes como Samuel L. Jackson, John Travolta, Uma Thurman e Bruce Willis.
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